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GEOLOGIA GERAL Profa. Neliane de Sousa Alves TECTÔNICA DE PLACAS E DERIVA CONTINENTAL TEORIA DA TECTÔNICA DE PLACAS DERIVA CONTINENTAL EXPANSÃO DOS FUNDOS OCEÂNICOS DERIVA CONTINENTAL Francis Bacon (1620) – apontou o perfeito encaixe entre as costas da América do Sul e da África e levantou a hipótese de que estes continentes estiveram unidos no passado. Alfred Wegener (início do Séc. XX) – observação do encaixe das mesmas costas, sugeriu que todos os continentes poderiam se aglutinar formando um único megacontinente. PANGEA Pan (todo) e Geo (Terra), e considerou que a fragmentação do Pangea teria iniciado há cerca de 200 milhões de anos, durante oTriássico, e prosseguido até hoje. O Pangea teria iniciado sua fragmentação dividindo-se em dois continentes, sendo o setentrional chamado de Laurásia e a austral de Gondwana. Wegener foi o primeiro cientista a pesquisar seriamente a idéia da Deriva Continental e a influenciar outros pesquisadores. Laurásia e Gondwana Evidências da Deriva Continental Os continentes se encaixam como peças de um grande Quebra-cabeça Concordância entre os litorais da África e América do Sul Evidências da Deriva Continental Permiano do Brasil e da África do Sul Evidências da Deriva Continental Evidências da Deriva Continental Glaciações Permocarboníferas: ocorrência de tilito na Índia, Austrália, África do Sul e sul do Brasil Evidências da Deriva Continental Unidades de rochas com mesma relação litológica e idade Estrias glaciais Plataforma continental Evidências da Deriva Continental Correlação de montanhas com mesmo tipo de rochas e estruturas Paleozóico Superior Evidências da Deriva Continental Mais evidências... Jazidas de carvão mineral (hulha): Europa e América do Norte com a mesma flora do Carbonífero. Minas de diamantes na África e na América do Sul e formações geológicas idênticas nos lados opostos do Atlântico. Cráton do Congo (Zaire) X Cráton São Francisco (Brasil) Mais evidências... Existiram no Hemisfério Ocidental e Oriental: Avestruz e a Ema Árvores como Podocarpus e o Nothofagus (peixe pulmonado de água doce) Formações auríferas da Guiana e Brasil semelhantes as de Gana, na África Ocorrência de evaporitos (paleossalinas): Sul da Europa e EUA, Grã-Bretanha, Alemanha, Rússia Mais evidências... Antigos recifes de algas coralínas do Paleozóico inferior: Groelândia e ilhas árticas do Canadá Hoje: faixa equatorial Paleomagnetismo: Dados diferentes nas rochas de mesma idade: movimentação dos continentes. QUESTÕES FUNDAMENTAIS Em 1915 Wegener lançou a teoria da Deriva Continental em seu livro A origem dos Continentes e Oceanos. Que forças seriam capazes de mover imensos blocos continentais? Como uma crosta rígida como a continental deslizaria sobre uma outra crosta rígida como a oceânica, sem que fossem quebradas pelo atrito? Wegener morreu em 1930 ridicularizado pelos colegas NOVAS DESCOBERTAS 1940 – Segunda Guerra Mundial: mapeamento de cadeias de montanhas, fendas e fossas ou trincheiras muito profundas, mostrando um ambiente geologicamente ativo. 1940-1950 – Pesquisadores da Universidade de Columbia e Princenton (EUA) mapeamento do fundo do Oceânico Atlântico Dorsal ou Cadeia Meso-Oceânica Sistema contíguo ao longo de toda a Terra com 84.000 km de extensão e largura da ordem de 1.000 km Presença de vales de 1 a 3 km no eixo desta cadeia, associado a um sistema de riftes, indicando a presença de um regime tensional. Apresenta fluxo térmico mais elevado ao longo da cadeia em relação as áreas contíguas de crosta oceânica, evidenciando uma zona de forte atividade sísmica e vulcânica. Dorsal ou Cadeia Meso-Oceânica Esta dorsal meso-oceânica dividia a crosta submarina em duas partes, podendo representar, portanto, a ruptura ou a cicatriz produzida durante a separação dos continentes Com o aperfeiçoamento da Geocronologia (década de 50- 60), constatou-se que faixas de rochas de mesma idade situam-se simetricamente dos dois lados da dorsal, com as mais jovens próximas da dorsal e as mais velhas ficando mais próximas dos continentes, idades estas sempre inferiores à 200 milhões de anos. EXPANSÃO DO FUNDO OCEÂNICO Hipótese levantada por Harry Hess (1962) Propostas: As estruturas do fundo oceânico estariam relacionadas a processos de convecção no interior da Terra; Estes processos seriam originados pelo alto fluxo calorífico emanado na dorsal meso-oceânica, que provocaria a ascensão de material do manto, devido ao aumento de T que o torna menos denso EXPANSÃO DO FUNDO OCEÂNICO Este material, ao atingir a superfície, se movimentaria lateralmente e o fundo oceânico se afastaria da dorsal, com as lavas expelidas se solidificando formando um novo fundo oceânico A Deriva Continental e a expansão do fundo dos oceanos seriam assim uma conseqüência das correntes de convecção. Correntes de convecção PLACAS TECTÔNICAS A litosfera é segmentada por fraturas, formando um mosaico com sete grandes placas e algumas outras menores, que deslizam horizontalmente, arrastando os continentes por cima da Astenosfera. Astenosfera ou ZBV: diminuição na velocidade das ondas P e S e possui comportamento plástico devido ao aumento da temperatura com a profundidade, próxima às T do início da fusão das rochas mantélicas. PlacasTectônicas PLACAS TECTÔNICAS NATUREZA DAS PLACAS Oceânica: Nazca, Filipina Crosta Continental e Crosta Oceânica: Sul- Americana,Africana e Norte-Americana Oceânica com fragmentos de Crosta Continental: Placa do Pacífico TIPOS DE LIMITES ENTRE PLACAS LITOSFÉRICAS Limites Divergentes: marcados pelas dorsais meso-oceânicas, onde as placas tectônicas afastam-se uma da outra, com a formação de nova crosta oceânica. Limites Convergentes: onde as placas tectônicas colidem, com a mais densa mergulhando sob a outra, gerando uma zona de intenso magmatismo a partir de processos de fusão parcial da crosta que mergulhou. Limites Conservativos: onde as placas tectônicas deslizam lateralmente uma em relação à outra, sem destruição e geração de crostas, ao longo de fraturas denominadas de Falhas Transformantes. MOVIMENTAÇÃO DAS PLACAS TECTÔNICAS A convecção no manto refere-se a um movimento muito lento de rocha, que sob condições apropriadas de temperaturas elevadas se comporta como um material plástico-viscoso migrando lentamente para cima. Um foco de calor atua produzindo diferenças de densidade entre o material aquecido e mais leve e o material circundante mais frio e denso. A massa aquecida se expande e sobe lentamente MOVIMENTAÇÃO DAS PLACAS TECTÔNICAS Para compensar a ascensão destas massas de material do manto, as rochas frias e densas descem e preenchem o espaço deixado pelo material que subiu, completando o ciclo de convecção do manto. Velocidade: cm/ano MOVIMENTAÇÃO DAS PLACAS TECTÔNICAS – Outros fatores: Pressão sobre a placa provocada pela criação de nova litosfera nas zonas das dorsais meso-oceânicas, o que praticamente empurraria a placa tectônica para os lados. Mergulho da litosfera para o interior do manto em direção à astenosfera, puxada pela crosta descendente mais densa e mais fria. A placa litosférica torna-se mais fria e mais densa à medida que se afasta da dorsal meso-oceânica onde foi criada. VELOCIDADE DO DESLOCAMENTO DAS PLACAS TECTÔNICAS Velocidade média: 2 a 3 cm/ano A velocidade de deslocamento está relacionada à proporção de crosta continental presente nas placas. Depende da geometria do movimento da placa em uma superfície esférica. As placas são convexas e deslizam sobre uma superfície esférica em torno de um eixo e de um pólo. Velocidades relativas Velocidades relativas Velocidades absolutas Hot Spots ou Pontos Quentes: estes pontos quentes na superfície terrestre registram atividades magmáticas ligadas a porções ascendentes de material quente do manto - Plumas do Manto e originadas em profundidades diversas neste. Feições: ilhas vulcânicas, platôs meso-oceânico e cordilheiras submarinas. As placas litosféricas se movimentam sobre as plumas do manto, estacionárias. Hot Spot sob ou próximo a dorsal meso-oceânica: Aumento do fluxo de material fundido, causando espessamento maior do que o resto da dorsal; Pode ocorrer na forma de um platô sobre o assoalho oceânico COLISÕES ENTRE PLACAS TECTÔNICAS PLACA OCEÂNICA – PLACA OCEÂNICA: A placa mais densa, antiga, fria e espessa mergulha sob a outra placa, em direção ao manto, carregando consigo parte dos sedimentos acumulados sobre ela, que irão se fundir em conjunto com a crosta oceânica em subducção. Atividade vulcânica andesítica, manifestada sob a forma de ARCOS DE ILHAS de 100 a 400 km atrás da zona de subducção. Na zona de subducção forma-se uma fossa que será mais próxima do arco de ilha, quanto mais inclinado for o ângulo de mergulho. Ilhas do Japão PLACA CONTINENTAL – PLACA OCEÂNICA: Subducção da placa oceânica sob a placa continental, produzindo um ARCO MAGMÁTICO, na borda do continente, caracterizado por rochas vulcânicas andesíticas e dacíticas e rochas plutônicas dioríticas e granodioríticas. Associação de processos de deformação e metamorfismo tanto das rochas pré-existentes como parte das rochas formadas no processo. Andes PLACA CONTINENTAL – PLACA CONTINENTAL Pode ocorrer após o processo colisional do tipo andino, onde a continuidade do processo de subducção da crosta oceânica sob a continental leva uma massa continental ao choque com o arco magmático neoformado. Na colisão a crosta continental mergulha sobre as outras. Produção de intenso metamorfismo de rochas continentais pré- existentes e fusão parcial de porções da crosta continental gerando magmatismo granulítico. Himalaia Continental Margens Continentais Ativas e Passivas Margens continentais são regiões onde a crosta continental encontra a crosta oceânica. Margens Continentais Ativas: situadas nos limites convergentes de placas tectônicas onde ocorrem zonas de subducção e falhas transformantes; Atividades tectônicas: orogênese Margens Continentais Passivas: desenvolvem-se durante o processo de formação de novas bacias oceânicas quando da fragmentação de continentes. Rifteamento Rift significa um vale de grande extensão formado a partir de um movimento distensivo na crosta, que produz falhas subverticais e abatimento de blocos. Este tipo de margem continental situa-se ao longo de limites divergentes de placas tectônicas e não sofre tectonismo importante em escala regional Formação dos Continentes Proterozóico Superior Ordoviciano médio Devoniano inferior Triássico: PANGEA Jurássico Jurássico Cretáceo Mundo moderno O futuro Referências LEINZ, V. Geologia Geral. São Paulo. Ed. Nacional. 1980 POPP, J.H. Geologia Geral. 5. Ed. Rio de Janeiro: LTC. 1998 PRESS, Frank et al. Para entender a Terra. Tradução Rualdo Menegat et al. 4 ed. Porto Alegre: Bookman, 2006 TEIXEIRA, W.; TOLEDO, M.C.M.; FAIRCHILD, T.R. & TAIOL, F. Decifrando a Terra. São Paulo: Oficina de Textos. 2001.