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RESPOSTA DA QUESTÃO 5 (Edema Generalizado por Alteração Hepática) O Líquido Intersticial é formado a nível de capilares sanguíneos pela transudação de plasma através da monocamada endotelial semipermeável desses vasos. Os capilares sanguíneos possuem uma extremidade arterial e uma venosa. A pressão hidrostática do sangue na extremidade arterial é forte o suficiente para impulsionar o líquido plasmático do interior do vaso para o interstício. Parte do líquido intersticial, pobre em proteínas em relação ao sangue, volta a luz capilar, sendo reabsorvido na extremidade venosa pela pressão osmótica sanguínea (pressão de reabsorção, que depende principalmente da Albumina, sintetizada no fígado) e pela menor pressão hidrostática do sangue nessa extremidade, oferecendo menor resistência. O restante do líquido intersticial é absorvido pelos capilares linfáticos, assim como proteínas que escaparam dos capilares sanguíneos, mantendo a osmolaridade do interstício baixa. Se houver um aumento de líquido intersticial tamanho que supere a capacidade absortiva dos capilares linfáticos, instala-se um edema. Diversos fatores podem levar ao edema: aumento da pressão de filtração, bloqueio dos vasos linfáticos, aumento da permeabilidade capilar, retenção hidrossalina e também deficiência das proteínas no sangue. Das proteínas plasmáticas, excetuando-se imunoglobulinas, a maior parte é sintetizada no fígado – inclusive a albumina, como já foi dito. Uma hepatopatia severa, que lesione o parênquima do órgão e prejudique as funções das células, podem levar a distúrbios na síntese dessas proteínas plasmáticas, causando hipoproteinemia (como Albumina é proteína, consequentemente, causa uma hipoalbuminemia). Isso leva a queda da pressão oncótico do sangue e, portanto, edema generalizado. A medida que o edema generalizado se forma, como o líquido intersticial não volta para o plasma, cai a volemia e consequentemente a pressão arterial. O rim detecta isso e ativa o sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona, reabsorvendo água nos túbulos e assim aumentando a volemia, porém diluindo ainda mais as poucas proteínas presentes no sangue, fazendo com que a pressão oncótica caia ainda mais e o edema vá piorando, nesse ciclo vicioso.