Logo Passei Direto
Buscar

CRIMES-DIGNIDADE-SEXUAL-arts. 213-234-B-CEUT

User badge image

Enviado por Jeyfferson Alves em

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

DIREITO PENAL IV–RESUMO ESQUEMÁTICO (sujeito a alterações/correções em sala de aula) – Prof. PEDRO VIEIRA 
 
TÍTULO VI 
DOS CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL 
(Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Antes da Lei n. 12.015/2009: 
Título VI – Dos Crimes contra os Costumes. 
 
CAPÍTULO I 
DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE SEXUAL 
(Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) 
1) Estupro 
Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou 
permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso: (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) 
§ 1
o
 Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é menor de 18 (dezoito) ou maior de 
14 (catorze) anos: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
§ 2
o
 Se da conduta resulta morte: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
 Art. 214 - (Revogado pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Antes da Lei n. 12.015/2009: 
Estupro 
Art. 213 - Constranger mulher à conjunção carnal, mediante violência ou grave ameaça: 
(...) 
Atentado violento ao pudor 
Art. 214 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a praticar ou permitir que com ele se pratique ato 
libidinoso diverso da conjunção carnal: 
Constranger ... Violência / Grave ameaça: 
a) Ter conjunção carnal 
b) Praticar outro ato libidinoso 
c) Permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso 
 
DIREITO COMPARADO 
CÓDIGO PENAL PORTUGUÊS 
“Artigo 164º - Violação 
1 - Quem, por meio de violência, ameaça grave, ou depois de, para esse fim, a ter tornado inconsciente ou posto na 
impossibilidade de resistir, constranger outra pessoa: 
a) A sofrer ou a praticar, consigo ou com outrem, cópula, coito anal ou coito oral; ou 
b) A sofrer introdução vaginal ou anal de partes do corpo ou objectos; é punido com pena de prisão de três a dez anos.” 
CÓDIGO PENAL FRANCÊS (art. 222-23): 
“Todo ato de penetração sexual, de qualquer natureza, contra pessoa de outrem por violência, coação, ameaça ou surpresa é 
uma violação [estupro]. A violação [O estupro] será apenada com quinze anos de reclusão criminal” 
 
Violência Real x Violência Presumida 
 
Antes da Lei n. 12.015/2009: 
 
Presunção de violência 
Art. 224 - Presume-se a violência, se a vítima: 
a) não é maior de catorze anos; 
DIREITO PENAL IV–RESUMO ESQUEMÁTICO (sujeito a alterações/correções em sala de aula) – Prof. PEDRO VIEIRA 
 
b) é alienada ou débil mental, e o agente conhecia esta circunstância; 
c) não pode, por qualquer outra causa, oferecer resistência. 
 
Problema 1: presunção relativa ou absoluta? 
 
Problema 2: no caso de conjunção carnal realizada com menor de 14 anos, sem violência real, pode-se aplicar a causa de 
aumento do art. 9º, Lei 8.072/90? 
 
Lei n. 8072/90: 
(...) 
Art. 9º As penas fixadas no art. 6º para os crimes capitulados nos arts. 157, § 3º, 158, § 2º, 159, caput e seus §§ 1º, 2º 
e 3º, 213, caput e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafo único, 214 e sua combinação com o art. 223, 
caput e parágrafo único, todos do Código Penal, são acrescidas de metade, respeitado o limite superior de trinta anos 
de reclusão, estando a vítima em qualquer das hipóteses referidas no art. 224 também do Código Penal. 
 
STJ - RESP 886841 
“PENAL. RECURSO ESPECIAL. ESTUPRO. VIOLÊNCIA REAL. VÍTIMA COM 81 ANOS DE IDADE. 
RECONHECIMENTO DE FRAGILIDADE FÍSICA CARACTERIZADORA DA IMPOSSIBILIDADE DE 
OFERECER RESISTÊNCIA. INCIDÊNCIA DA MAJORANTE PREVISTA NO ART. 9º DA LEI 8.072⁄90. 
AUSÊNCIA DE CIRCUNSTÂNCIA QUALIFICADORA. IRRELEVÂNCIA. ART. 2º, § 1º, DA LEI8.072⁄90. 
INCONSTITUCIONALIDADE DECLARADA PELO STF. PROGRESSÃO DE REGIME. POSSIBILIDADE. 
RECURSO ESPECIAL PARCIALMENTE PROVIDO. 
1. Reconhecer a majoração constante do art. 9º da Lei 8.072⁄90 nos casos de simples presunção de violência 
constituiria repudiável bis in idem, uma vez que essa circunstância já integra o tipo penal nas hipóteses em que não há 
violência real. 
2. Entretanto, tratando-se de hipótese de violência real, seja moral ou física, que por si só enseja a condenação pelos 
crimes sexuais em tela, aliada à circunstância de ser a vítima incapaz de oferecer resistência, tem-se aplicável a 
mencionada causa de aumento de pena, independentemente de restarem configuradas as qualificadoras constantes do 
art. 223 do Código Penal. 
3. Não se pode confundir os conceitos de violência real como forma autônoma para a implementação do tipo penal, 
independente da presunção de violência, com a forma qualificada prevista no art. 223 do Código Penal. 
4. Nos termos expostos, não há falar em bis in idem (que somente ocorreria nas hipóteses de violência ficta, 
presumida, onde não há recusa expressa da vítima), mas no efetivo respeito ao princípio da proporcionalidade, pelo 
qual condutas diversas merecem reprimendas diversas, na medida da sua reprovabilidade ou hediondez, pois é 
indiscutível que o estupro praticado mediante violência real contra uma pessoa de avançada idade e reconhecida 
fragilidade física enseja maior juízo de reprovação. 
(...).” 
Alteração da Lei n. 12.015/2009: revogação do art. 224 do CP e criação do “estupro de vulnerável” (art. 217-A), adiante 
transcrito. 
 
Várias condutas (das alíneas “a”, “b”, “c”) 
1) em contextos fáticos distintos (concurso material / crime continuado) 
2) no mesmo contexto fático (crime único / concurso material) 
 
TIPO SIMPLES/UNÍVOCO: “apresentam uma única via para sua realização”. Exs. CP, arts. 121, 155 
 
TIPO MISTO: “compreendem mais de um tipo, sob uma unidade exterior” 
• ALTERNATIVO: “quando há mais de uma variedade do mesmo caso”. Exs. art. 33, Lei n. 11.343/2006; CP, 
art. 317 [Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter 
em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que 
gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena - reclusão de 5 (cinco) a 
15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa.] 
 
 
• CUMULATIVO (ACUMULADO): “quando há mais de um caso” (FRAGOSO). Exs. CP, arts. 208, 242. 
[CP, Art. 208 - Escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar 
DIREITO PENAL IV–RESUMO ESQUEMÁTICO (sujeito a alterações/correções em sala de aula) – Prof. PEDRO VIEIRA 
 
cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso: Pena - detenção, de um 
mês a um ano, ou multa.] 
 
Várias condutas (das alíneas “a”, “b”, “c”) 
1) em contextos fáticos distintos (concurso material / crime continuado) 
2) no mesmo contexto fático (crime único / concurso material) 
 
Jurisprudência do STF e do STJ antes da Lei n. 12.015/2009: 
 
STF –HC 70334 
- Direito Penal e Processual Penal. Atentado violento ao pudor e estupro, praticados contra a mesma vítima. Concurso 
material de delitos e não crime continuado. Intimação da sentença condenatória. Renuncia do Defensor ao mandato. 
Cerceamento de defesa. Sustentação oral. Nulidades. 1. É pacifico o entendimento do S.T.F., no sentido de que 
configura hipótese de concurso material de delitos - e não crime continuado - a pratica de atentado violento ao pudor e 
de estupro, em sequencia, contra a mesma vítima. Precedentes. 2. (...). 
STJ – HC 46011 
HABEAS CORPUS. CRIMES CONTRA A LIBERDADE SEXUAL. ESTUPRO
E ATENTADO VIOLENTO AO 
PUDOR. CRIME CONTINUADO. IMPOSSIBILIDADE. PROGRESSÃO DO REGIME PRISIONAL. 1. Não é 
possível a aplicação da continuidade delitiva para os crimes de estupro e de atentado violento ao pudor, embora do 
mesmo gênero, não são da mesma espécie, elementar necessária para a aplicação do favor legal inserto no artigo 71 
do Código Penal. 2. (...). 
 
Jurisprudência do STF e do STJ após a Lei n. 12.015/2009: 
 
STF – HC 99544 
EMENTA: HABEAS CORPUS. CRIMES DE ESTUPRO E ATENTADO VIOLENTO AO PUDOR. CONCURSO 
MATERIAL. JURISPRUDÊNCIA CONSOLIDADA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL E DO SUPERIOR 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA. ALTERAÇÃO DOS ARTS. 213 E 214 DO CÓDIGO PENAL, NOS TERMOS DA LEI 
12.015/2009. REITERAÇÃO DE PEDIDO JÁ DENEGADO PELA PRIMEIRA TURMA DO STF. HABEAS 
CORPUS NÃO CONHECIDO. SÚMULA 611/STF. ORDEM CONCEDIDA DE OFÍCIO. 1. A decisão impugnada 
deu pela ocorrência de concurso material entre os delitos de estupro e atentado violento ao pudor, nos termos da 
reiterada jurisprudência do STJ e do STF. 2. (...) 3. Sucede que, após o julgamento, a Lei 12.015/2009, editada em 07 
de agosto de 2009, alterou substancialmente a disciplina dos crimes pelos quais o acionante foi condenado (arts. 213 e 
214 do Código Penal). Alteração que fez cessar o óbice ao reconhecimento da continuidade delitiva entre o estupro e 
o atentado violento ao pudor, cometidos antes da vigência da Lei 12.015/2009. Precedentes. 4. Habeas corpus não 
conhecido, mas deferido de ofício para determinar ao Juiz das Execuções Penais que proceda, nos termos da Súmula 
611 deste Supremo Tribunal Federal, à “aplicação de lei mais benigna”. Juízo que há de observar, pena de reformatio 
in pejus, os limites fixados no Agravo de Execução nº 70006882997/TJ/RS. 
 
STJ – HC 167517 - Sexta Turma 
HABEAS CORPUS. ESTUPRO E ATENTADO VIOLENTO AO PUDOR. MODIFICAÇÕES TRAZIDAS PELA 
LEI Nº 12.015/09. LEI PENAL MAIS BENÉFICA. RETROATIVIDADE. CONDUTAS PRATICADAS CONTRA 
A MESMA VÍTIMA E NO MESMO CONTEXTO. CRIME ÚNICO. ORDEM CONCEDIDA. 1. A Sexta Turma 
desta Corte, no julgamento do HC nº 144.870/DF, da relatoria do eminente Ministro Og Fernandes, firmou 
compreensão no sentido de que, com a superveniência da Lei nº 12.015/2009, a conduta do crime de atentado 
violento ao pudor, anteriormente prevista no artigo 214 do Código Penal, foi inserida àquela do art. 213, 
constituindo, assim, quando praticadas contra a mesma vítima e num mesmo contexto fático, crime único de 
estupro. 2. Tendo em vista que o paciente foi condenado por ter praticado, mediante grave ameaça, conjunção carnal 
e coito anal contra a mesma vítima e no mesmo contexto, é de rigor, pelo princípio da retroatividade da lei penal mais 
benéfica, o afastamento da condenação pelo atentado violento ao pudor. 3. Habeas corpus concedido para determinar 
que o Juízo das Execuções proceda à nova dosimetria da pena, nos termos da Lei nº 12.015/2009, destacando que 
deverá ser refeita a análise das circunstâncias judiciais previstas no artigo 59 do Código Penal. 
STJ – HC 87960 - Quinta Turma 
PENAL. HABEAS CORPUS. ESTUPRO E ATENTADO VIOLENTO AO PUDOR. LEI Nº 12.015/2009. ARTS. 
213 E 217-A DO CP. TIPO MISTO ACUMULADO. CONJUNÇÃO CARNAL. DEMAIS ATOS DE 
PENETRAÇÃO. DISTINÇÃO. CRIMES AUTÔNOMOS. SITUAÇÃO DIVERSA DOS ATOS DENOMINADOS 
DIREITO PENAL IV–RESUMO ESQUEMÁTICO (sujeito a alterações/correções em sala de aula) – Prof. PEDRO VIEIRA 
 
DE PRAELUDIA COITI. CRIME CONTINUADO. RECONHECIMENTO. IMPOSSIBILIDADE. I - A reforma 
introduzida pela Lei nº 12.015/2009 unificou, em um só tipo penal, as figuras delitivas antes previstas nos tipos 
autônomos de estupro e atentado violento ao pudor. Contudo, o novel tipo de injusto é misto acumulado e não 
misto alternativo. II - Desse modo, a realização de diversos atos de penetração distintos da conjunção carnal 
implica o reconhecimento de diversas condutas delitivas, não havendo que se falar na existência de crime 
único, haja vista que cada ato - seja conjunção carnal ou outra forma de penetração - esgota, de per se, a forma mais 
reprovável da incriminação. III - Sem embargo, remanesce o entendimento de que os atos classificados como 
praeludia coiti são absorvidos pelas condutas mais graves alcançadas no tipo. IV - Em razão da impossibilidade de 
homogeneidade na forma de execução entre a prática de conjunção carnal e atos diversos de penetração, não 
há como reconhecer a continuidade delitiva entre referidas figuras. Ordem denegada. 
 
 
FORMAS QUALIFICADAS 
 
Antes da Lei n. 12.015/2009: 
 
Formas qualificadas 
Art. 223 - Se da violência resulta lesão corporal de natureza grave: 
Pena - reclusão, de oito a doze anos. 
Parágrafo único - Se do fato resulta a morte: 
Pena - reclusão, de doze a vinte e cinco anos. 
 
Após a Lei n. 12.015/2009: 
 
Art. 213. (...) 
 
§ 1º Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é menor de 18 (dezoito) ou maior de 14 (catorze) 
anos: 
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos. 
§ 2º Se da conduta resulta morte: 
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos 
 
Crime qualificado pelo resultado (art. 19, CP) 
 
Art. 19 - Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente que o houver causado ao menos 
culposamente. 
 
1) Dolo + dolo: art. 155, § 5º 
Art. 155. (...) 
§ 5º - A pena é de reclusão de 3 (três) a 8 (oito) anos, se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para 
outro Estado ou para o exterior. 
 
2) Dolo + culpa: art. 129, § 3º (crime preterdoloso) 
Art. 129. (...) 
Lesão corporal seguida de morte 
§ 3° Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quis o resultado, nem assumiu o risco de produzi-lo: 
Pena - reclusão, de quatro a doze anos. 
 
3) Culpa + culpa: art. 250, § 2º c/c art. 258, parte final 
Art. 250. (...) 
Incêndio culposo 
§ 2º - Se culposo o incêndio, é pena de detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos. 
(...) 
Art. 258 - Se do crime doloso de perigo comum resulta lesão corporal de natureza grave, a pena privativa de liberdade é aumentada 
de metade; se resulta morte, é aplicada em dobro. No caso de culpa, se do fato resulta lesão corporal, a pena aumenta-se de 
metade; se resulta morte, aplica-se a pena cominada ao homicídio culposo, aumentada de um terço. 
 
4) Dolo + (dolo ou culpa): art. 157, § 3º 
DIREITO PENAL IV–RESUMO ESQUEMÁTICO (sujeito a alterações/correções em sala de aula) – Prof. PEDRO VIEIRA 
 
Art. 157. (...) 
§ 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de sete a quinze anos, além da multa; se resulta morte, a 
reclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo da multa. 
STJ – HC 37583 
CRIMINAL. HC. ROUBO QUALIFICADO E LATROCÍNIO. CONCURSO DE AGENTES. PARTICIPAÇÃO 
DOLOSAMENTE DISTINTA. INAPLICABILIDADE. CONTINUIDADE DELITIVA. IMPOSSIBILIDADE. DOSIMETRIA. 
ATENUANTES. MENORIDADE E CONFISSÃO. PENA ABAIXO DO MÍNIMO. IMPOSSIBILIDADE. VEDAÇÃO À 
PROGRESSÃO DE REGIME. CONSTITUCIONALIDADE. ORDEM DENEGADA. I. Tendo o acórdão transitado em julgado, a 
via estreita do habeas corpus não é própria para a sua desconstituição, salvo nos casos de flagrante e inequívoca ilegalidade, 
hipótese não verificada no caso. II. O latrocínio é delito qualificado pelo resultado, sendo que o evento de maior gravidade 
(morte) pode ser imputado na forma de dolo ou de culpa. Precedente. (...) VII. No delito de roubo, a objetividade jurídica do 
tipo penal é o patrimônio, ao passo que, no delito de latrocínio, por sua vez, buscar-se proteger, além do patrimônio, a vida da 
vítima, incidindo a regra do concurso material. Precedentes. VIII. Ordem denegada. 
Problema: art. 213, § 1º, primeira parte e art. 213, § 2º: 1, 2 ou 4?
PENAS: 
Estupro simples: reclusão 6 a 10 anos 
Lesão grave (art. 129, § 1º): reclusão 1 a 5 anos 
Lesão gravíssima (art. 129, § 2º): reclusão 2 a 8 anos 
Homicídio simples: reclusão 6 a 20 anos 
Estupro qualificado (lesão grave): reclusão 8 a 12 anos 
Estupro qualificado (morte): reclusão 12 a 30 anos 
 
AÇÃO PENAL 
Antes da Lei n. 12.015/2009 
CAPÍTULO IV - DISPOSIÇÕES GERAIS 
Formas qualificadas 
Art. 223 - Se da violência resulta lesão corporal de natureza grave: 
(...) 
Art. 224 - Presume-se a violência, se a vítima: 
(...) 
Ação penal 
Art. 225 - Nos crimes definidos nos capítulos anteriores, somente se procede mediante queixa. 
§1º - Procede-se, entretanto, mediante ação pública: 
I - se a vítima ou seus pais não podem prover às despesas do processo, sem privar-se de recursos indispensáveis à manutenção 
própria ou da família; 
II - se o crime é cometido com abuso do pátrio poder, ou da qualidade de padrasto, tutor ou curador. 
§ 2º - No caso do nº I do parágrafo anterior, a ação do Ministério Público depende de representação. 
RESUMO 
Privada (regra) 
• art. 225, caput 
Pública Incondicionada 
• Formas qualificadas (regra geral – art. 100) 
• Abuso de pátrio poder/padrasto/tutor/curador (art. 225, §1º, II) 
• Casos de violência real (STF – Súmula 608) 
Pública Condicionada 
• Vítima pobre (art. 225, §1º, I c/c art. 225, § º) 
Após a Lei n. 12.015/2009 
Ação penal 
DIREITO PENAL IV–RESUMO ESQUEMÁTICO (sujeito a alterações/correções em sala de aula) – Prof. PEDRO VIEIRA 
 
Art. 225. Nos crimes definidos nos Capítulos I e II deste Título, procede-se mediante ação penal pública condicionada à 
representação. 
Parágrafo único. Procede-se, entretanto, mediante ação penal pública incondicionada se a vítima é menor de 18 (dezoito) anos ou 
pessoa vulnerável. 
RESUMO 
Pública Condicionada 
• Regra (art. 225, caput) 
Pública Incondicionada 
• Vítimas menores de 18 anos ou vulnerável (art. 225, par. único) 
• Formas qualificadas (regra do art. 101 e Súmula 608-STF) 
• Casos de violência (STF – Súmula 608) 
A ação penal no crime complexo 
Art. 101 - Quando a lei considera como elemento ou circunstâncias do tipo legal fatos que, por si mesmos, constituem crimes, cabe 
ação pública em relação àquele, desde que, em relação a qualquer destes, se deva proceder por iniciativa do Ministério Público. 
Aumento de pena 
Art. 226. A pena é aumentada: 
I – de quarta parte, se o crime é cometido com o concurso de 2 (duas) ou mais pessoas; 
II – de metade, se o agente é ascendente, padrasto ou madrasta, tio, irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador, preceptor ou 
empregador da vítima ou por qualquer outro título tem autoridade sobre ela; 
 
Concurso de pessoas como causa de aumento: 
1) Coautoria/Participação: Fragoso/ M.Noronha/ Nucci/ Luis Regis Prado/ Masson 
 Fundamento: ausência de distinção na lei (como ocorre no caso do art. 146, § 1º) 
1) Apenas Coautoria: Hungria/Bitencourt/Greco 
 Fundamento: interpretação teleológica 
 
Jurisprudência para o concurso de pessoas como causa de aumento no caso de furto: 
 
Furto (art. 155, § 4º, IV): 
“- Furto simples. A qualificadora prevista no inc. IV, do § 4º, do art. 155, do C. Penal ("mediante concurso de duas ou 
mais pessoas"), é de caráter objetivo. A qualificação do furto decorre de sua prática, por duas ou mais pessoas. Impõe-se a 
concorrência para o crime em atos de execução. Recurso extraordinário conhecido, mas improvido.” (STF – RE 90339) 
“PENAL - FURTO SIMPLES - CONCURSO DE PESSOAS - APELAÇÃO DO MP IMPROVIDA - RECURSO ESPECIAL - 
NEGATIVA DE VIGENCIA AOS ARTS. 155, PAR. 4., IV C/C 29 DO CP. 1. A qualificadora do concurso de pessoas tem lugar 
em face da maior ameaça ao bem jurídico tutelado. 2. No caso de furto onde apenas um dos agentes subtrai a coisa, cabendo ao 
outro ocultá-la, não se configura a qualificadora do concurso de pessoas. 3. Seria necessário que ocorresse a cooperação de 
ambos na subtração da coisa para que fosse aplicada a qualificadora. 4. recurso conhecido e improvido.” (STJ – RESP 90451 
– 6ª Turma) 
 
Aumento de pena 
Art. 234-A. Nos crimes previstos neste Título a pena é aumentada: 
I – (VETADO); 
II – (VETADO); 
III - de metade, se do crime resultar gravidez; e 
IV - de um sexto até a metade, se o agente transmite à vitima doença sexualmente transmissível de que sabe ou deveria saber 
ser portador. 
Art. 234-B. Os processos em que se apuram crimes definidos neste Título correrão em segredo de justiça. 
 
ESTUPRO – Questões Polêmicas 
1) Conjunção carnal e outro ato libidinoso no mesmo contexto fático (crime único/concurso material/crime continuado) 
2) Houve “abolitio criminis” do atentado violento ao pudor (revogação do art. 214)? 
3) O cônjuge pode ser vítima (sujeito passivo)? 
4) Consumação: há necessidade de contato físico? 
5) Crime hediondo (forma simples e qualificada) (art. 1º, V, Lei 8.072/90) 
 
Lei 8.072/90 
DIREITO PENAL IV–RESUMO ESQUEMÁTICO (sujeito a alterações/correções em sala de aula) – Prof. PEDRO VIEIRA 
 
Art. 1º São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - 
Código Penal, consumados ou tentados: 
(...) Antes da Lei 12.015/2009 
V - estupro (art. 213 e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafo único); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 1994) 
VI - atentado violento ao pudor (art. 214 e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafo único); (Inciso incluído pela Lei nº 
8.930, de 1994) 
 
STF – HC 87281 
EMENTA: PENAL. PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. CRIME HEDIONDO. ESTUPRO SIMPLES COM 
VIOLÊNCIA PRESUMIDA. FALTA DE FUNDAMENTAÇÃO: CONSTRANGIMENTO ILEGAL. INOCORRÊNCIA. 
PROGRESSÃO DE REGIME PRISIONAL. POSSIBILIDADE. I - Não há falar em falta de fundamentação do acórdão impugnado 
quanto ao regime de cumprimento da pena, se há referência expressa à Lei 8.072/90. II - A jurisprudência do Supremo Tribunal 
Federal é no sentido de que "os crimes de estupro e de atentado violento ao pudor, tanto nas suas formas simples (Código Penal, 
arts. 213 e 214) como nas qualificadas (Código Penal, art. 223, caput e parágrafo único), são crimes hediondos. Leis 8.072/90, 
redação da Lei 8.930/94, art. 1º, V e VI." HC 81.288/SC, Plenário, Rel. p/ acórdão Min. Carlos Velloso, DJU 25.4.2003. III - Após 
o julgamento do HC 82.929/SP pelo Plenário do STF, não mais é vedada a progressão de regime prisional aos condenados pela 
prática de crimes hediondos. IV - Ordem parcialmente concedida. 
 
Lei 8.072/90 
Art. 1º São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - 
Código Penal, consumados ou tentados: 
(...) 
V - estupro (art. 213 e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafo único); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 1994) 
Após a Lei n. 12.015/2009(art. 214 e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafo único); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, 
de 1994) 
V - estupro (art. 213, caput e §§ 1º e 2º); (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) 
 
6) É possível estupro qualificado na forma tentada? 
7) Prova do estupro 
 
2) Violação sexual mediante fraude (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Art. 215. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro meio que 
impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima: (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Parágrafo único. Se o crime é cometido com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também 
multa. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) 
 Art. 216.
(Revogado pela Lei nº 12.015, de 2009) 
 
Antes da Lei n. 12.015/2009 
Posse sexual mediante fraude 
Art. 215. Ter conjunção carnal com mulher, mediante fraude: 
Pena - reclusão, de um a três anos 
Atentado ao pudor mediante fraude 
Art. 216. Induzir alguém, mediante fraude, a praticar ou submeter-se à prática de ato libidinoso diverso da conjunção carnal: 
Pena - reclusão, de um a dois anos. 
 
Após a Lei n. 12.015/2009 
 
Fraude/outro meio (vício na vontade) para (Ter conjunção carnal ou Praticar outro ato libidinoso) 
 
Fraude: 
• Identidade do agente 
• Legitimidade do ato sexual 
Exemplos: irmão gêmeo, ginecologista, pai de santo 
 
ART. 215 – Violação sexual mediante fraude 
TIPO OBJETIVO Ter conjunção carnal... 
OBJETO JURÍDICO Liberdade sexual 
TIPO SUBJETIVO Dolo 
DIREITO PENAL IV–RESUMO ESQUEMÁTICO (sujeito a alterações/correções em sala de aula) – Prof. PEDRO VIEIRA 
 
SUJEITO ATIVO Qualquer pessoa 
SUJEITO PASSIVO Qualquer pessoa 
CONSUMAÇÃO Prática do ato (conjunção/ato libidinoso) 
QUESTÕES POLÊMICAS (DOUTRINA/JURISPRUDÊNCIA): confronto com o art. 217-A, § 1º (parte final) 
 
3) Assédio sexual (Incluído pela Lei nº 10.224, de 15 de 2001) 
Art. 216-A. Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o 
agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou 
função." (Incluído pela Lei nº 10.224, de 15 de 2001) 
Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos. (Incluído pela Lei nº 10.224, de 15 de 2001) 
Parágrafo único. (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.224, de 15 de 2001) 
§ 2
o
 A pena é aumentada em até um terço se a vítima é menor de 18 (dezoito) anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, 
de 2009) 
ART. 216-A – Assédio sexual 
TIPO OBJETIVO Constranger alguém... 
OBJETO JURÍDICO Liberdade sexual 
TIPO SUBJETIVO Dolo 
SUJEITO ATIVO Pessoa que seja superior hierárquico / tenha ascendência 
SUJEITO PASSIVO Subordinado/empregado 
CONSUMAÇÃO Com o constrangimento (prática do ato – exaurimento – NUCCI) 
QUESTÕES POLÊMICAS (DOUTRINA/JURISPRUDÊNCIA): fragmentariedade do Direito Penal 
 
CAPÍTULO II 
DOS CRIMES SEXUAIS CONTRA VULNERÁVEL 
(Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) 
VULNERÁVEIS: 
1) menor de 14 (catorze) anos (art. 217-A) 
2) alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato (art. 
217-A, § 1º) 
3) alguém que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência (art. 217-A, § 1º) 
4) menor de 18 (dezoito) anos (art. 218-B) 
5) alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato (art. 
218-B, parte final) 
Art. 217 - (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005) 
4) Estupro de vulnerável (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos: (Incluído pela 
Lei nº 12.015, de 2009) 
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
§ 1
o
 Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém que, por enfermidade ou 
deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, 
não pode oferecer resistência. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
§ 2
o
 (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
§ 3
o
 Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Pena - reclusão, de 10 (dez) a 20 (vinte) anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
DIREITO PENAL IV–RESUMO ESQUEMÁTICO (sujeito a alterações/correções em sala de aula) – Prof. PEDRO VIEIRA 
 
§ 4
o
 Se da conduta resulta morte: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos.(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
ART. 217-A – Estupro de vulnerável 
TIPO OBJETIVO Ter conjunção... 
OBJETO JURÍDICO Liberdade sexual 
TIPO SUBJETIVO Dolo 
SUJEITO ATIVO Qualquer pessoa 
SUJEITO PASSIVO Menor de 14 anos; problema mental; não pode oferecer resistência (pessoa vulnerável) 
CONSUMAÇÃO Com o ato libidinoso 
QUESTÕES POLÊMICAS (DOUTRINA/JURISPRUDÊNCIA): 
1) vulnerabilidade absoluta/relativa – 14 anos e não 12 (ECA); 2) lei penal mais gravosa e retroatividade (art. 9º Lei 8.072/90 – 
aumento metade). 
5) Corrupção de menores 
Art. 218. Induzir alguém menor de 14 (catorze) anos a satisfazer a lascívia de outrem: (Redação dada pela Lei nº 
12.015, de 2009) 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Parágrafo único. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Lei n. 8.069/90 (c/ alteração da Lei n. 12.015/2009): 
Art. 244-B. Corromper ou facilitar a corrupção de menor de 18 (dezoito) anos, com ele praticando infração penal 
ou induzindo-o a praticá-la: 
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. 
§ 1
o
 Incorre nas penas previstas no caput deste artigo quem pratica as condutas ali tipificadas utilizando-se de 
quaisquer meios eletrônicos, inclusive salas de bate-papo da internet. 
§ 2
o
 As penas previstas no caput deste artigo são aumentadas de um terço no caso de a infração cometida ou 
induzida estar incluída no rol do art. 1º da Lei no 8.072, de 25 de julho de 1990. 
 
CÓDIGO PENAL 
Antes da Lei n. 12.015/2009 
Art. 218 - Corromper ou facilitar a corrupção de pessoa maior de 14 (catorze) e menor de 18 (dezoito) anos, com 
ela praticando ato de libidinagem, ou induzindo-a a praticá-lo ou presenciá-lo: 
Pena - reclusão, de um a quatro anos. 
 
Após a Lei n. 12.015/2009 
Art. 218. Induzir alguém menor de 14 (catorze) anos a satisfazer a lascívia de outrem: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos. 
Art. 218-A - Satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente (menor de 14 anos) 
Art. 218-B - Favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual de vulnerável (menor de 18 
anos) 
 
ART. 218 – (mediação para servir a lascívia) 
TIPO OBJETIVO Induzir alguém menor de 14 ... 
OBJETO JURÍDICO Liberdade sexual 
TIPO SUBJETIVO Dolo 
DIREITO PENAL IV–RESUMO ESQUEMÁTICO (sujeito a alterações/correções em sala de aula) – Prof. PEDRO VIEIRA 
 
SUJEITO ATIVO Qualquer pessoa 
SUJEITO PASSIVO Pessoa menor de 14 anos 
CONSUMAÇÃO Com a prática do ato pelo menor 
QUESTÕES POLÊMICAS (DOUTRINA/JURISPRUDÊNCIA): Confronto com estupro (art. 217-A) – exceção à 
teoria monista? (art. 29, CP) 
 
6) Satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente (Incluído pela Lei nº 12.015, de 
2009) 
Art. 218-A. Praticar, na presença de alguém menor de 14 (catorze) anos, ou induzi-lo a presenciar, conjunção 
carnal ou outro ato libidinoso, a fim de satisfazer lascívia própria ou de outrem: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 
2009) 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos.” (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
 
ART. 218-A – Satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente 
TIPO OBJETIVO Praticar, na presença de alguém... 
OBJETO JURÍDICO Liberdade sexual (prisma moral) 
TIPO SUBJETIVO Dolo/Dolo específico(satisfação da lascívia) 
SUJEITO ATIVO Qualquer pessoa 
SUJEITO PASSIVO Pessoa menor de 14 anos 
CONSUMAÇÃO Prática do ato na presença da vítima 
QUESTÕES POLÊMICAS (DOUTRINA/JURISPRUDÊNCIA): ausência de contato físico entre o agente e a vítima; 
há necessidade da presença física? 
 
7) Favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual de vulnerável (Incluído pela Lei 
nº 12.015, de 2009) 
Art. 218-B. Submeter,
induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de exploração sexual alguém menor de 18 
(dezoito) anos ou que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática 
do ato, facilitá-la, impedir ou dificultar que a abandone: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
§ 1
o
 Se o crime é praticado com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa. (Incluído pela Lei 
nº 12.015, de 2009) 
§ 2
o
 Incorre nas mesmas penas: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
I - quem pratica conjunção carnal ou outro ato libidinoso com alguém menor de 18 (dezoito) e maior de 14 
(catorze) anos na situação descrita no caput deste artigo; (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
II - o proprietário, o gerente ou o responsável pelo local em que se verifiquem as práticas referidas no caput deste 
artigo. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
§ 3
o
 Na hipótese do inciso II do § 2
o
, constitui efeito obrigatório da condenação a cassação da licença de 
localização e de funcionamento do estabelecimento.(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
 
DIREITO PENAL IV–RESUMO ESQUEMÁTICO (sujeito a alterações/correções em sala de aula) – Prof. PEDRO VIEIRA 
 
Mesma ressalva do art. 218: exemplos: fotos eróticas, casas de strip tease, disque sexo 
“Art. 217-A. (...) 
§ 1º Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém que, por enfermidade ou 
deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra 
causa, não pode oferecer resistência.” 
 
ART. 218-B – Favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual de vulnerável 
TIPO OBJETIVO Submeter, induzir ou atrair à prostituição... 
OBJETO JURÍDICO Liberdade sexual 
TIPO SUBJETIVO Dolo 
SUJEITO ATIVO Qualquer pessoa 
SUJEITO PASSIVO Menor de 18 e maior de 14 anos 
CONSUMAÇÃO Efetiva prostituição/exploração sexual 
QUESTÕES POLÊMICAS (DOUTRINA/JURISPRUDÊNCIA): 1) quem pratica ato libidinoso com a vítima (circ. 
caput) / 2) menor de 14 anos que pratica ato mediante paga (concurso de crimes – arts. 218-B e 217-A?) 
 
CAPÍTULO III 
DO RAPTO 
(Tipos revogados pela Lei nº 11.106, de 2005) 
CAPÍTULO IV 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
 Art. 223 - (Revogado pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Art. 224 - (Revogado pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Ação penal 
Art. 225. Nos crimes definidos nos Capítulos I e II deste Título, procede-se mediante ação penal pública 
condicionada à representação. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Parágrafo único. Procede-se, entretanto, mediante ação penal pública incondicionada se a vítima é menor de 18 
(dezoito) anos ou pessoa vulnerável. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Aumento de pena 
Art. 226. A pena é aumentada:(Redação dada pela Lei nº 11.106, de 2005) 
I – de quarta parte, se o crime é cometido com o concurso de 2 (duas) ou mais pessoas; (Redação dada pela Lei 
nº 11.106, de 2005) 
II – de metade, se o agente é ascendente, padrasto ou madrasta, tio, irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador, 
preceptor ou empregador da vítima ou por qualquer outro título tem autoridade sobre ela; (Redação dada pela Lei 
nº 11.106, de 2005) 
III - (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005) 
DIREITO PENAL IV–RESUMO ESQUEMÁTICO (sujeito a alterações/correções em sala de aula) – Prof. PEDRO VIEIRA 
 
CAPÍTULO V 
DO LENOCÍNIO E DO TRÁFICO DE PESSOA PARA FIM DE 
PROSTITUIÇÃO OU OUTRA FORMA DE 
EXPLORAÇÃO SEXUAL 
(Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) 
8) Mediação para servir a lascívia de outrem 
Art. 227 - Induzir alguém a satisfazer a lascívia de outrem: 
Pena - reclusão, de um a três anos. 
§ 1
o
 Se a vítima é maior de 14 (catorze) e menor de 18 (dezoito) anos, ou se o agente é seu ascendente, 
descendente, cônjuge ou companheiro, irmão, tutor ou curador ou pessoa a quem esteja confiada para fins de 
educação, de tratamento ou de guarda: (Redação dada pela Lei nº 11.106, de 2005) 
Pena - reclusão, de dois a cinco anos. 
§ 2º - Se o crime é cometido com emprego de violência, grave ameaça ou fraude: 
Pena - reclusão, de dois a oito anos, além da pena correspondente à violência. 
§ 3º - Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se também multa. 
ART. 227 – Mediação para servir a lascívia de outrem 
TIPO OBJETIVO Induzir alguém a ... 
OBJETO JURÍDICO Moralidade sexual pública 
TIPO SUBJETIVO Dolo 
SUJEITO ATIVO Qualquer pessoa 
SUJEITO PASSIVO Qualquer pessoa (não vulnerável)/Coletividade 
CONSUMAÇÃO Prática de ato pela vítima p/ satisfação da lascívia do beneficiário 
QUESTÕES POLÊMICAS (DOUTRINA/JURISPRUDÊNCIA): pessoa já prostituída como sujeito passivo 
9) Favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual (Redação dada pela Lei nº 
12.015, de 2009) 
Art. 228. Induzir ou atrair alguém à prostituição ou outra forma de exploração sexual, facilitá-la, impedir ou 
dificultar que alguém a abandone: (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) 
§ 1
o
 Se o agente é ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, 
preceptor ou empregador da vítima, ou se assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou 
vigilância: (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) 
§ 2º - Se o crime, é cometido com emprego de violência, grave ameaça ou fraude: 
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, além da pena correspondente à violência. 
§ 3º - Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se também multa. 
ART. 228 – Favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual 
TIPO OBJETIVO Induzir ou atrair... 
OBJETO JURÍDICO Moralidade sexual pública 
TIPO SUBJETIVO Dolo 
SUJEITO ATIVO Qualquer pessoa 
SUJEITO PASSIVO Qualquer pessoa (não vulnerável) 
CONSUMAÇÃO A partir do momento em que se configurar a habitualidade 
DIREITO PENAL IV–RESUMO ESQUEMÁTICO (sujeito a alterações/correções em sala de aula) – Prof. PEDRO VIEIRA 
 
QUESTÕES POLÊMICAS (DOUTRINA/JURISPRUDÊNCIA): pessoa já prostituída como sujeito passivo.. 
10) Casa de prostituição 
Art. 229. Manter, por conta própria ou de terceiro, estabelecimento em que ocorra exploração sexual, haja, ou 
não, intuito de lucro ou mediação direta do proprietário ou gerente:(Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa. 
Crime habitual ou permanente? 
É possível a prisão em flagrante? 
STF - HC 36723, Relator: Min. Nelson Hungria, Julgado em 27/05/1959 
“'Habeas-Corpus'; Sua denegação. O crime habitual nada tem de incompatível com a prisão em flagrante”. 
TJRS - HC 70002358299, Julgado em 25/04/2001 
“HABEAS CORPTJS. PREVENTIVA. Para subsistência do flagrante, em crime habitual, exige-se comprovação da 
habitualidade na lavratura do auto. Delito do art. 229 CP. Palavra da ré-paciente, confirmatória do funcionamento 
regular da boate, havendo ratificação testemunhal. Instrução regular, em obediência aos prazos legais. Habeas 
denegado.” 
STJ - HC 42995, 2005 
“HABEAS CORPUS. CASA DE PROSTITUIÇÃO. PRISÃO EM FLAGRANTE. AUTO DENTRO DOS PADRÕES 
LEGAIS. MENOR ALICIADA. CONTINUIDADE DA CUSTÓDIA. INEXISTÊNCIA DE CONSTRANGIMENTO. O 
crime de manutenção de casa de prostituição tipifica objetivamente uma conduta permanente, pouco importando o 
momento da fiscalização do poder público e a comprovação de haver, no instante da prisão, relacionamento 
sexual das aliciadas. Ordem denegada.” 
ART. 229
– Casa de prostituição 
TIPO OBJETIVO Manter, por conta ... 
OBJETO JURÍDICO Moralidade sexual pública/bons costumes 
TIPO SUBJETIVO Dolo 
SUJEITO ATIVO Qualquer pessoa 
SUJEITO PASSIVO Coletividade 
CONSUMAÇÃO Efetiva manutenção - crime habitual (não admite tentativa*) 
QUESTÕES POLÊMICAS (DOUTRINA/JURISPRUDÊNCIA): tolerância / conivência -> atipicidade material? 
STF HC 104467 
EMENTA: HABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL PENAL. CASA DE PROSTITUIÇÃO. 
APLICAÇÃO DOS PRINCÍPIOS DA FRAGMENTARIEDADE E DA ADEQUAÇÃO SOCIAL: IMPOSSIBILIDADE. 
CONDUTA TÍPICA. CONSTRANGIMENTO NÃO CONFIGURADO. 1. No crime de manter casa de prostituição, 
imputado aos Pacientes, os bens jurídicos protegidos são a moralidade sexual e os bons costumes, valores de 
elevada importância social a serem resguardados pelo Direito Penal, não havendo que se falar em aplicação do 
princípio da fragmentariedade. 2. Quanto à aplicação do princípio da adequação social, esse, por si só, não 
tem o condão de revogar tipos penais. Nos termos do art. 2º da Lei de Introdução às Normas do Direito 
Brasileiro (com alteração da Lei n. 12.376/2010), “não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que 
outra a modifique ou revogue”. 3. Mesmo que a conduta imputada aos Pacientes fizesse parte dos costumes ou 
fosse socialmente aceita, isso não seria suficiente para revogar a lei penal em vigor. 4. Habeas corpus denegado. 
 
STJ - AG RESP – 1167646 
 
DIREITO PENAL IV–RESUMO ESQUEMÁTICO (sujeito a alterações/correções em sala de aula) – Prof. PEDRO VIEIRA 
 
PENAL. CASA DE PROSTITUIÇÃO. TOLERÂNCIA OU DESUSO. TIPICIDADE. 1. Esta Corte firmou 
compreensão de que a tolerância pela sociedade ou o desuso não geram a atipicidade da conduta relativa 
à pratica do crime do artigo 229 do Código Penal. 2. Precedentes. 3. Agravo regimental a que se nega 
provimento. 
 
11) Rufianismo 
Art. 230 - Tirar proveito da prostituição alheia, participando diretamente de seus lucros ou fazendo-se sustentar, no 
todo ou em parte, por quem a exerça: 
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
§ 1
o
 Se a vítima é menor de 18 (dezoito) e maior de 14 (catorze) anos ou se o crime é cometido por ascendente, 
padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima, 
ou por quem assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância: (Redação dada pela 
Lei nº 12.015, de 2009) 
Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) 
§ 2
o
 Se o crime é cometido mediante violência, grave ameaça, fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre 
manifestação da vontade da vítima: (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, sem prejuízo da pena correspondente à violência.(Redação dada pela 
Lei nº 12.015, de 2009) 
ART. 230 – Rufianismo 
TIPO OBJETIVO Tirar proveito da ... 
OBJETO JURÍDICO Moralidade sexual pública/bons costumes 
TIPO SUBJETIVO Dolo 
SUJEITO ATIVO Qualquer pessoa 
SUJEITO PASSIVO Pessoa prostituída/Coletividade 
CONSUMAÇÃO Com o proveito habitual (crime habitual) 
QUESTÕES POLÊMICAS (DOUTRINA/JURISPRUDÊNCIA): confronto com art. 228 (STJ – HC 8.914 – 
Rufianismo absorve o favorecimento*) 
 
STJ - HC 8914 
PENAL. HC. CONCURSO APARENTE DE NORMAS. CONSUNÇÃO DO CRIME DE FAVORECIMENTO À 
PROSTITUIÇÃO PELO DE RUFIANISMO. ORDEM CONCEDIDA. 1. Menor, trabalhando para o paciente, com 
a função de fazer programas com homens e mulheres, com ele dividia o dinheiro auferido, sendo, então, 
patente a sua condição de sócio oculto do incapaz que, na dicção de NÉLSON HUNGRIA, funcionava como 
sócio de indústria. 2. Nestas circunstâncias, não obstante o angariamento de clientes a indicar, in thesi, o 
favorecimento à prostituição, este delito foi absorvido pelo de rufianismo, pela preponderância do 
indevido proveito, consubstanciado na participação nos lucros. Em suma, o menor exercia a prostituição e o 
paciente dela tirava proveito direto, numa espécie de sociedade. 3. Ordem concedida para excluir da condenação 
a pena relativa ao crime do art. 228 do Código Penal. 
12) Tráfico internacional de pessoa para fim de exploração sexual (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 
2009) 
Art. 231. Promover ou facilitar a entrada, no território nacional, de alguém que nele venha a exercer a prostituição 
ou outra forma de exploração sexual, ou a saída de alguém que vá exercê-la no estrangeiro. (Redação dada pela 
Lei nº 12.015, de 2009) 
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) 
§ 1
o
 Incorre na mesma pena aquele que agenciar, aliciar ou comprar a pessoa traficada, assim como, tendo 
conhecimento dessa condição, transportá-la, transferi-la ou alojá-la. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) 
§ 2
o
 A pena é aumentada da metade se: (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) 
I - a vítima é menor de 18 (dezoito) anos; (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
II - a vítima, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do 
ato; (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
DIREITO PENAL IV–RESUMO ESQUEMÁTICO (sujeito a alterações/correções em sala de aula) – Prof. PEDRO VIEIRA 
 
III - se o agente é ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, 
preceptor ou empregador da vítima, ou se assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou 
vigilância; ou (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
IV - há emprego de violência, grave ameaça ou fraude. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
§ 3
o
 Se o crime é cometido com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa. (Incluído pela Lei 
nº 12.015, de 2009) 
 
ART. 231 – Tráfico internacional de pessoa para fim de exploração sexual 
TIPO OBJETIVO Promover ou facilitar ... 
OBJETO JURÍDICO Liberdade sexual e moralidade sexual pública 
TIPO SUBJETIVO Dolo/(Dolo específico* ?) 
SUJEITO ATIVO Qualquer pessoa 
SUJEITO PASSIVO Qualquer pessoa/Coletividade 
CONSUMAÇÃO Ingresso/saída (+ exploração sexual) 
QUESTÕES POLÊMICAS (DOUTRINA/JURISPRUDÊNCIA): é formal ou material? / competência para o processo 
(CF, art. 109, V) 
 
13) Tráfico interno de pessoa para fim de exploração sexual (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Art. 231-A. Promover ou facilitar o deslocamento de alguém dentro do território nacional para o exercício da 
prostituição ou outra forma de exploração sexual: (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) 
§ 1
o
 Incorre na mesma pena aquele que agenciar, aliciar, vender ou comprar a pessoa traficada, assim como, 
tendo conhecimento dessa condição, transportá-la, transferi-la ou alojá-la. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
§ 2
o
 A pena é aumentada da metade se: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
I - a vítima é menor de 18 (dezoito) anos; (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
II - a vítima, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do 
ato; (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
III - se o agente é ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, 
preceptor ou empregador da vítima, ou se assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou 
vigilância; ou (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
IV - há emprego de violência, grave ameaça ou fraude. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
§ 3
o
 Se o crime é cometido com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa.(Incluído pela Lei nº 
12.015, de 2009) 
 
ART. 231-A – Tráfico
interno de pessoa para fim de exploração sexual 
TIPO OBJETIVO Promover ou facilitar ... 
OBJETO JURÍDICO Liberdade sexual e moralidade sexual pública 
TIPO SUBJETIVO Dolo/(Dolo específico* ?) 
SUJEITO ATIVO Qualquer pessoa 
SUJEITO PASSIVO Qualquer pessoa/Coletividade 
CONSUMAÇÃO Deslocamento (+ exploração sexual) 
QUESTÕES POLÊMICAS (DOUTRINA/JURISPRUDÊNCIA): é formal ou material? / competência para o processo 
.... 
 
Art. 232 - (Revogado pela Lei nº 12.015, de 2009) 
CAPÍTULO VI 
DO ULTRAJE PÚBLICO AO PUDOR 
14) Ato obsceno 
DIREITO PENAL IV–RESUMO ESQUEMÁTICO (sujeito a alterações/correções em sala de aula) – Prof. PEDRO VIEIRA 
 
Art. 233 - Praticar ato obsceno em lugar público, ou aberto ou exposto ao público: 
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa. 
ART. 233 – Ato obsceno 
TIPO OBJETIVO Praticar ato ... 
OBJETO JURÍDICO Moralidade pública 
TIPO SUBJETIVO Dolo 
SUJEITO ATIVO Qualquer pessoa 
SUJEITO PASSIVO Coletividade 
CONSUMAÇÃO Com a prática do ato 
QUESTÕES POLÊMICAS (DOUTRINA/JURISPRUDÊNCIA): crime impossível se não houver presença de 
público? 
STF - HC 83996 
EMENTA: Habeas corpus. Ato obsceno (art. 233 do Código Penal). 2. Simulação de masturbação e exibição das 
nádegas, após o término de peça teatral, em reação a vaias do público. 3. Discussão sobre a caracterização da 
ofensa ao pudor público. Não se pode olvidar o contexto em se verificou o ato incriminado. O exame 
objetivo do caso concreto demonstra que a discussão está integralmente inserida no contexto da 
liberdade de expressão, ainda que inadequada e deseducada. 4. A sociedade moderna dispõe de mecanismos 
próprios e adequados, como a própria crítica, para esse tipo de situação, dispensando-se o enquadramento penal. 
5. Empate na decisão. Deferimento da ordem para trancar a ação penal. Ressalva dos votos dos Ministros Carlos 
Velloso e Ellen Gracie, que defendiam que a questão não pode ser resolvida na via estreita do habeas corpus. 
 
15) Escrito ou objeto obsceno 
Art. 234 - Fazer, importar, exportar, adquirir ou ter sob sua guarda, para fim de comércio, de distribuição ou de 
exposição pública, escrito, desenho, pintura, estampa ou qualquer objeto obsceno: 
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa. 
Parágrafo único - Incorre na mesma pena quem: 
I - vende, distribui ou expõe à venda ou ao público qualquer dos objetos referidos neste artigo; 
II - realiza, em lugar público ou acessível ao público, representação teatral, ou exibição cinematográfica de caráter 
obsceno, ou qualquer outro espetáculo, que tenha o mesmo caráter; 
III - realiza, em lugar público ou acessível ao público, ou pelo rádio, audição ou recitação de caráter obsceno. 
ART. 234 – Escrito ou objeto obsceno 
TIPO OBJETIVO Fazer, importar, exportar.... 
OBJETO JURÍDICO Moralidade sexual pública 
TIPO SUBJETIVO Dolo/Dolo específico (para o fim...) 
SUJEITO ATIVO Qualquer pessoa 
SUJEITO PASSIVO Coletividade 
CONSUMAÇÃO Prática do ato 
QUESTÕES POLÊMICAS (DOUTRINA/JURISPRUDÊNCIA): o tipo é inconstitucional? (CF, art. 5º, IV, IX, art. 220 
e § 2º) 
CAPÍTULO VII 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Aumento de pena (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Art. 234-A. Nos crimes previstos neste Título a pena é aumentada: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
 I – (VETADO); (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
II – (VETADO); (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
DIREITO PENAL IV–RESUMO ESQUEMÁTICO (sujeito a alterações/correções em sala de aula) – Prof. PEDRO VIEIRA 
 
III - de metade, se do crime resultar gravidez; e (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
IV - de um sexto até a metade, se o agente transmite à vitima doença sexualmente transmissível de que sabe ou 
deveria saber ser portador. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Art. 234-B. Os processos em que se apuram crimes definidos neste Título correrão em segredo de 
justiça.(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Art. 234-C. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?