Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
Leishmaniose visceral americana MSc. Gisely Cardoso de Melo LEISHMANIOSE VISCERAL LEISHMANIOSE VISCERAL NO MUNDO LEISHMANIOSE VISCERAL LEISHMANIOSE VISCERAL NO BRASIL • Terras firmes da Amazônia • Litoral e as planícies dos grandes rios do Nordeste • Vales úmidos e sopé das serras do sertão • Vales da Bahia e de Minas Gerais. LEISHMANIOSE VISCERAL NO BRASIL LEISHMANIOSE VISCERAL Gêneros: •Leishmania (Leishmania) donovani: África oriental, Índia e China • Leishmania (Leishmania) infantum: Africa oriental e central, Oriente Médio e China • Leishmania chagasi: continente americano •Adaptados a viver em temperaturas de 37°C •Tropismo visceral LEISHMANIOSE VISCERAL AGENTE ETIOLÓGICO RESERVATÓRIOS LEISHMANIOSE VISCERAL • Mosquito palha, tatuquiras, birigui • Lutzomyia longipalpis VETORES LEISHMANIOSE VISCERAL Amastigotas→crescem células de Kupffer Também crescem nos pulmões, nos rins, nas supra- renais, nos intestinos e na pele. As células hospedeiras destruídas →disseminação dos para-sitos, que podem ser vis- tos circulando no sangue LEISHMANIOSE VISCERAL • Casos assintomáticos • Áreas urbanas e rurais • AIDS e outras condições imunossupressoras→ difícil o diagnóstico e o tratamento • Associação de casos com o uso de drogas injetáveis IMPORTÂNCIA LEISHMANIOSE VISCERAL MECANISMOS DE TRANSMISSAO LEISHMANIOSE VISCERAL • Picada da fêmea de L. longipalpis • Uso de drogas injetáveis: portadores de HIV • Transfusão sanguínea • Transmissão congênita e venérea IMUNIDADE LEISHMANIOSE VISCERAL • Crianças e idosos são mais susceptíveis • Parasita→APC→TCD4→citocinas TH1 citocinas pro-inflamatorias IL4 anticorpos Controle da infecção Evolução da doença IMUNIDADE •↑IL 10 + IL4 progresso da doença •Ativação de linfócitos B policlonal imunoglobulinas inespecíficas •Controle da infecção resposta mediada por célula LEISHMANIOSE VISCERAL PATOLOGIA • Parasito células do SMF (baço, fígado, medula óssea) •Outros tecidos: intestino, sangue, pulmões, rins e pele •Lesões da pele: inicial→processo inf. local cura vísceras •Alterações esplênicas, hepático, sanguíneo, pulmonar e renal •Febre, anemia, leucopenia, enfraquecimento, etc. (detecção de amastigotas na medula óssea) LEISHMANIOSE VISCERAL LEISHMANIOSE VISCERAL PATOLOGIA ALTERAÇÕES ESPLÊNICAS •Esplenomegalia→ fase crônica •Fase inicial→ pode não ocorrer •Hiperplasia e hipertrofia das células do SMF •Baço endurecido chega a ultrapassar a cicatriz umbilical. PATOLOGIA ALTERAÇÕES HEPÁTICAS • Hepatomegalia→hiperplasia e hipertrofia células de Kupffer •Deposição de material hialino •Disproteinemia associada •Edema nos membros inferiores LEISHMANIOSE VISCERAL PATOLOGIA ALTERAÇÕES NO TECIDO HEMATOPOIÉTICO •MO→ hiperplasia e muito parasitado •Fases avançadas→desregulação da hematopoiese→ anemia •Desregulação da granulopoiese→hemorragias LEISHMANIOSE VISCERAL PATOLOGIA ALTERAÇÕES RENAIS • Imunocomplexos circulantes→ glomerulonefrite •Albuminúria •↑Creatinina, ureia e ácido úrico→casos terminais LEISHMANIOSE VISCERAL PATOLOGIA OUTRAS ALTERAÇÕES • linfonodos aumentados •Pulmões→ pneumonite intersticial→ tosse seca •Aparelho digestivo→ edema e alongamento das vilosidades •Alterações cutâneas→descamação e queda de cabelo Forma disseminada Leishmaniose cutânea Forma disseminada LEISHMANIOSE VISCERAL QUADRO CLÍNICO LEISHMANIOSE VISCERAL FORMA ASSINTOMÁTICA •Febre baixa recorrente, tosse seca, diarréia, sudorese, prostração •Maioria casos •Desnutrição, imunocomprometimento, diabetes, tuberculose→rompimento do equilíbrio LEISHMANIOSE VISCERAL •Febre alta, palidez, hepatoesplenomegalia discreta •Tosse e dispnéia •Confundida com malária, esquistossomose, doença chagas, toxoplasmose •Altos títulos de Ig G anti-leishmania FASE AGUDA LEISHMANIOSE VISCERAL FORMA SINTOMÁTICA CRÔNICA •Febre irregular, agravamento dos sintomas •Emagrecimento→desnutrição, caquexia acentuada •Hepatoesplenomegalia + ascite→ aumento do abdome •Edema generalizado, dispneia, dores musculares, perturbações digestivas, epistaxes e retardo da puberdade •Infecções bacterianas + calazar→ óbito LEISHMANIOSE VISCERAL LEISHMANIOSE DÉRMICA PÓS-CALAZAR •Manifestação cutânea→ L. donovani •Índia e Sudão •Hipopigmentação, pápulas ou máculas, nódulos na face, troco e membros •MO negativa e sem sintoma com envolvimento visceral LEISHMANIOSE VISCERAL LEISHMANIOSE VISCERAL DIAGNÓSTICO CLÍNICO • Sinais e sintomas •História da residência •Malária, toxoplasmose, brucelose, tuberculose, esquistossomose •Outras doenças associadas→HIV, linfomas, lupus, diabetes DIAGNÓSTICO LEISHMANIOSE VISCERAL PESQUISA DO PARASITO • Aspirado de medula óssea, baço, fígado e linfonodos Esfregaços Giemsa ou panótico Meio de cultura NNN Inoculação em animais de laboratório •Usado principalmente punção MO DIAGNÓSTICO LEISHMANIOSE VISCERAL LEISHMANIOSE VISCERAL DIAGNÓSTICO IMUNOLÓGICO • Intradermorreação de Montenegro→Reação hipersensibilidade tardia •Imunofluorescência Indireta→alta sensibilidade, com reações cruzadas; títulos mais altos no calazar •ELISA→ antígenos solúveis, sensibilidade alta DIAGNÓSTICO IMUNOLÓGICO LEISHMANIOSE VISCERAL Imunofluorescência Indireta ELISA DIAGNÓSTICO MOLECULAR LEISHMANIOSE VISCERAL • PCR→alta sensibilidade •Aspirado medula óssea, baço ou linfonodos, fragmentos de pele ou mucosa, sangue total, sangue em papel de filtro→DNA LEISHMANIOSE VISCERAL DIAGNÓSTICO MOLECULAR LEISHMANIOSE VISCERAL Métodos para caracterização das espécies de Leishmania •Utilização de anticorpos monoclonais • Perfil de isoenzimas • Hibridização de DNA de cinetoplasto • PCR TRATAMENTO- ESPECÍFICO LEISHMANIOSE VISCERAL • Antimoniato de N-metil glucamina (Glucantime®) •Estibogluconato sódico (Pentostam®) •Pentamidina, Anfotericina B, Alopurinol •Substâncias imunoreguladoras (interferon gama humano recombinante)+ antimoniais •Tratamento inespecífico→anemia, desnutrição, fenômenos hemorrágicos PROFILAXIA E CONTROLE Requer estudos epidemiológicos preliminares sobre os fatores mais importantes do problema: Conhecimento da área endêmica e da incidência da doença na população. Estudo da fauna flebotômica local e sua densidade no decurso do ano. Inquérito sorológico na população canina. Estudo sobre os eventuais reservatórios silvestres. Reconhecimento geográfico e mapeamento da área endêmica LEISHMANIOSE VISCERAL LEISHMANIOSE VISCERAL PROFILAXIA E CONTROLE • Combater os flebotomíneos vetores da infecção, aplicando inseticidas de ação residual nas casas e nos anexos, bem como nos abrigos de animais domésticos. • Tratar todos os doentes, inclu- sive os assintomáticos. • Eliminar os cães sorologica- mente positivos e os cães errantes. • Manter um serviço permanente de avaliação desse controle a curto e a longo prazo. Referências Bibliográficas • DE CARLI, G. A. Parasitologia Clínica: Seleção de Métodos e Técnicas de Laboratório para o Diagnóstico das Parasitoses Humanas. São Paulo: Atheneu, 2001. • NEVES, D.P.; MELO, A.L.; LINARDI, P.M.; VITOR, R.W.A. Parasitologia humana. São Paulo: atheneu, 2011. • REY, L. Parasitologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.