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AULA 13: MEIOS PROCESSUAIS DE TUTELA DO MEIO AMBIENTE
O MINISTÉRIO PÚBLICO E A DEFESA DO MEIO AMBIENTE
A legitimidade do Ministério Público para a defesa do meio ambiente é definida no artigo 129 da Constituição Federal que estabelece, entre as funções institucionais dos seus membros, a instauração de inquérito civil e a promoção de ação civil pública na proteção do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos.
Por sua vez, a Lei nº 7.347 de 24/07/85 - Lei de Ação Civil Pública (LAPC) - disciplinou a ação civil pública de responsabilidade por danos causados ao meio ambiente e outros interesses difusos e coletivos.
Com tal instrumento jurídico e legitimidade assegurada por preceito constitucional, incumbe ao Ministério Público fazer valer o artigo 225 da Constituição Federal que estabeleceu o direito de todos ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, impondo ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
Desta feita, a presença do Ministério Público é atuante nos temas que vamos discutir.
DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA AMBIENTAL
O recurso ao uso da ação civil pública ou qualquer outro meio judicial indica que as soluções prévias que a norma ambiental permite não foram utilizadas ou não foram suficientes para cessar uma possível infração ambiental, a nível administrativo ou em outra situação que se pode colocar como pré-processual.
I - FASE PRÉ-PROCESSUAL
- Além da atuação administrativa prevista na legislação (exercício do poder de polícia e a fiscalização dos órgãos ambientais), nessa fase podem-se iniciar certos procedimentos, ora pela autoridade policial, ora pelo Ministério Público. 
 INQUÉRITO CIVIL PÚBLICO: (Presidido pelo Ministério Público) no âmbito civil. Em relação à importância desse instrumento, registra-se que ganhou poder de agir ex-officio, conquistou instrumentos eficientes de investigação no âmbito do inquérito civil (notificação e intimação de testemunhas, requisição de informações, documentos e perícias etc.). O promotor de Justiça passou, então, a se sentir diretamente responsável pelos valores e bens que deve defender (o patrimônio público e social, a infância, o meio ambiente, os direitos do consumidor, as normas urbanísticas), sem intermediários, sem trâmites burocráticos e independentemente da existência ou não de um processo.
No que se refere ao EIA/Rima dois princípios fundamentais se destacam: 
PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE: diz respeito ao direito que qualquer cidadão tem de conhecer os atos praticados pelos seus agentes públicos 
PRINCÍPIO DA PARTICIPAÇÃO PÚBLICA: de maneira extensiva, aplica-se ao direito que tem o cidadão, organizado ou não, de intervir – porque parte interessada – no procedimento de tomada da decisão ambiental.
FINALIDADES
- Uma investigação administrativa a cargo do MP destinada basicamente a COLHER ELEMENTOS DE CONVICÇÃO PARA EVENTUAL PROPOSITURA DE AÇÃO CIVIL PÚBLICA, subsidiariamente, serve ainda para que o MP:
- Prepare a tomada de compromissos de ajustamento de conduta ou realize audiências públicas e expeça recomendações dentro de suas atribuições
- Colha elementos necessários para o exercício de qq ação pública ou qq forma de atuação a seu cargo
	Por meio do INQUÉRITO CIVIL, podem-se promover diligências, requisitar documentos, informações, exames e perícias, expedir notificações, tomar depoimentos, proceder a vistorias e inspeções.
	No inquérito civil NÃO SE DECIDEM INTERESSES NEM SE APLICAM SANÇÕES. É um procedimento INVESTIGATÓRIO não contraditório, que servirá com peça de informação para propor ou não a ação civil pública.
FASES
- São fases do inquérito civil:
1) INSTAURAÇÃO: Portaria ou despacho em requerimento ou representação
2) INSTRUÇÃO: Coleta de provas: oitiva de testemunhas, juntada de documentos, vistorias, exames e perícias
3) CONCLUSÃO: Relatório final, com promoção de arquivamento ou, em caso contrário, a própria propositura da ação, embasada no inquérito civil.
BASE LEGAL
- A previsão legal do inquérito civil está contida na Lei 7.347/85, que disciplina a ação civil pública. Por ocasião do inquérito civil, poderá ser firmado Compromisso de Ajustamento de Conduta, conforme preleciona o §6º do art. 5º da Lei nº 7.347/85.
TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA (TAC): LEIA O TEXTO ABAIXO E SAIBA O QUE É!
- O Compromisso de Ajustamento de Conduta é uma das alternativas previstas pela Lei da Ação Civil Pública (LACP) para a DEFESA DOS BENS DIFUSOS E COLETIVOS. 
- Tal instrumento foi introduzido pelo Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078, de 11.09.1990), que acrescentou novo parágrafo ao art. 5º da Lei 7.347/1985, verbis:
“§ 6º. Os órgãos públicos legitimados poderão tomar dos interessados compromisso de ajustamento de sua conduta às exigências legais, mediante cominações, que terá eficácia de título executivo extrajudicial”.
- Trata-se de um mecanismo de solução pacífica de conflitos, com natureza jurídica de TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL, consistente no estabelecimento de certas regras de conduta a serem observadas pelo interessado, incluindo a adoção de medidas destinadas à salvaguarda do interesse difuso atingido.
- Por meio do Compromisso de Ajustamento de Conduta, o interessado formaliza, espontaneamente, sua intenção de se adequar às exigências legais ou de reparar integralmente o dano por ele causado. À evidência, OS ÓRGÃOS PÚBLICOS LEGITIMADOS NÃO PODERÃO ABRIR MÃO DO BEM DIFUSO TUTELADO, dada sua NATUREZA INDISPONÍVEL. Admite-se CONVENÇÃO apenas no tocante à FORMA DE CUMPRIMENTO DAS OBRIGAÇÕES (condições de modo, tempo, lugar etc.), em atenção às peculiaridades do caso concreto, e tendo em conta a capacidade econômica do infrator e o interesse da sociedade.
 Assim, a um só tempo, o Compromisso de Ajustamento de Conduta assegura:
1) À coletividade a recuperação integral do dano e
2) Ao interessado, condições que lhe permitam cumprir as obrigações dentro de suas possibilidades. 
Daí dizer-se que há vantagens do ajustamento de conduta em relação ao processo judicial representado pela ação civil pública. Portanto, antes de se lançar mão de tão desgastante, cara e difícil solução para o conflito ambiental, deve-se buscar a via da negociação, por meio da qual todos encontrarão seus lugares e ao final do processo sairão muito mais fortalecidos do que se fossem obrigados a obedecer um comando frio e inexorável de uma sentença.
As ASSOCIAÇÕES DE DIREITO PRIVADO atuam em NOME PRÓPRIO em DEFESA DO INTERESSE ALHEIO. 
1. LEGITIMAÇÃO CONDICIONADA:
a) CONDIÇÃO FORMAL: nos termos da lei civil (descarta as sociedades de cunho comercial regidas pelo direito empresarial);
b) CONDIÇÃO TEMPORAL: existente há pelo menos 1 ano (exceção: art. 21 da Lei 7.347/85, combinado com art. 82, § 1º, CDC), ou seja, pode ser dispensado pelo juiz;
c) CONDIÇÃO INSTITUCIONAL: objetivo da associação.
Foro da ação: Local onde ocorre o dano; competência territorial exclusiva ou “onde haja a efetiva ameaça de consumar-se” (tutela preventiva).
Foro da união (arts. 109, 3º, e 109, I): As sociedades de economia mista e fundações públicas não têm foro especial (Conflito de competência entre Estados: STF, art. 102, I, “f”).
Pressuposto: Um fato lesivo ao meio ambiente. Visa atacar o ato.
Legitimidade passiva: Qualquer pessoa responsável pelo ato lesivo ao meio ambiente.
Objeto da ação: Poder-se-á ter por objeto:
Condenação em dinheiro: No caso de condenação em dinheiro, será revertida a um fundo especial destinado à reconstituição do bem lesado.
Cumprimento da obrigação de fazer ou não fazer. 
Não impede a cumulatividade. 
Tutela Cautelar (preventiva – art. 4º - ação cautelar): Admitem-se medidas liminares (initio litis), mandado liminar (art. 12).
Características: 
Provisoriedade; 
Acessoriedade: depende do processo principal.
Pressupostos da cautelar: Plausibilidade do direito material (fumus boni iuris) e risco de perecimento do direito em razão da demora em sua proteção (periculum in mora).
Se o dano jáocorreu, não cabe a cautelar.
Aplicação subsidiária do CPC e art. 19 da Lei 7.347/85.
Sentença: Natureza cominatório.
Recursos: Os do Código de Processo Civil. 
Desistência e abandono: “A desistência da ação não implica a renúncia do direito material.”
Homologação e extinção do processo sem julgamento do mérito.
Abandono: Desinteresse: 
a) o processo fica parado por prazo superior a um ano por negligência de qualquer das partes; 
b) o autor deixa de promover atos e diligência que lhe cabem pelo prazo superior a 30 dias. Após a intimação pessoal, extinção do processo sem julgamento do mérito. Se o autor der causa à extinção do processo por três vezes, após intimado pessoalmente, dar-se-á a perempção.
Substituição processual: No pólo ativo:
a) abandono, em qualquer caso ocorre a substituição; 
b) desistência infundada; 
c) exclusivamente associação legitimada; se houver fundamento, não se autorizará a substituição. Se não for Associação, também não há substituição.
O MP pode desistir? Não:
a) sua função institucional; 
b) interesses sociais indisponíveis. 
Efeito da substituição: quando for parte, terá que ser outro. MP na função de custos legis.
Acordo: Compromisso de ajustamento de conduta, instrumentalizando-se no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).
2. AÇÃO POPULAR 
Previsão Legal:
a) Constitucional: Art. 5º, LVXII, CF/88. 
b) Infraconstitucional: Lei 4.717/65
Legitimação: “Qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas e do ônus da sucumbência.”
Objeto: Proteção do patrimônio público, da moralidade administrativa, do patrimônio histórico e cultural e do meio ambiente, quanto a atos lesivos contra eles praticados.
Legitimidade ativa: a prova da cidadania para o ingresso em juízo será feita com o título eleitoral (Lei 4.717/65, art. 1º, § 3º). Discussão: Qualquer cidadão (LXXIII ). Art. 5º: “todos...”; art. 225: “todos…”.
Competência: tema meio ambiente: local onde ocorreu ou deva ocorrer o dano, independentemente onde o ato teve a sua origem.
Pressuposto: um ato lesivo ao meio ambiente. Visa atacar o ato.
Legitimidade passiva: qualquer pessoa responsável pelo ato lesivo ao meio ambiente.
Textos de Lei:
. Lei 4.717/65 
. Lei 7.347/85 
. Lei 7.853/89 
. Lei 11.448/07 
Artigos:
Considerações sobre a Ação Civil Pública no Direito Ambiental , da Juíza Federal Vera Lúcia R. S. Jucovsky.
Ação Civil Pública: casos concretos, de Paulo de Bessa Antunes.
Art. 16 da Lei da Ação Civil Pública e efeitos erga omnes, do Juiz Federal Juliano Taveira Bernardes.
O compromisso de ajustamento de conduta e o fundo de defesa de direitos difusos: relação entre os instrumentos alternativos de defesa ambiental da lei 7.347/1985. Disponível em: http://www.milare.adv.br/artigos/tac_fundo_rda.htm
Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta. Disponível em: http://www.mp.rs.gov.br/areas/ambiente/arquivos/tac_poa_fepam.doc 
 
1. Considerando que o Inquérito Civil é um instrumento de investigação do Ministério Público. Quem homologa ou rejeita o seu arquivamento?: 
Parte superior do formulário
a) Procurador-Geral de Justiça; 
b) Juiz de Direito
c) Conselho Superior do Ministério Público; 
d) Órgão Especial do Ministério Público. 
R: c
Parte inferior do formulário
Parte inferior do formulário
Parte inferior do formulário
2. São legitimados ativa e concorrentemente para a promoção da ação civil pública o Ministério Público (federal e estadual); a Defensoria Pública; a União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal; as entidades e órgãos da Administração Pública, direta ou indiretamente, ainda que sem personalidade jurídica, especificamente destinados à defesa os interesses e direito s protegidos pelo Código de Defesa do Consumidor. Sendo assim, sobre a ação civil pública é INCORRETO afirmar: 
Parte superior do formulário
a) O Ministério Público da União e dos Estados têm legitimidade para propor ação civil por danos causados ao meio ambiente;
b) Todos os legitimados para propositura da ação civil pública poderão tomar dos interessados compromisso de ajustamento de conduta às exigências legais mediante cominações;
c) O inquérito civil público é o instrumento conferido com exclusividade ao Ministério Público e se destina à colheita de dados prévios e indispensáveis para o aforamento da ação civil pública; 
d) Uma das funções institucionais do Ministério Público é promover o inquérito civil e a ação civil pública para proteção do patrimônio público e social do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos. 
R: b