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Prof Clauber As células galvânicas É um dispositivo no qual corrente — um fluxo de elétrons através de um circuito - é produzida por uma reação química espontânea ou é usada para forçar a ocorrência de uma reação não- espontânea. É uma célula eletroquímica na qual uma reação química espontânea é usada para gerar uma corrente elétrica. Também são conhecidas como células voltaicas O que é uma bateria? Tecnicamente, uma “bateria" é uma coleção de células unidas em série, de forma que a voltagem produzida é a soma das voltagens de cada célula. A estrutura de uma célula galvânica Como é que um reação espontânea pode ser utilizado para gerar uma corrente elétrica? considere a reação redox entre o metal zinco e íons de cobre (II): Zn(s) +Cu 2+ (aq) Zn 2+ (aq) + Cu(s) Célula galvânica Vídeo: A pilha de Zinco-cobre Se pudéssemos ver a reação em nível atômico, veríamos que, quando a reação ocorre, os elétrons são transferidos dos átomos de Zn para os íons Cu2+ adjacentes na solução. Estes elétrons reduzem o íons 𝑪𝒖𝟐+ para átomos de 𝑪𝒖𝒐, que aderem à superfície do do zinco ou formam um depósito sólido finamente dividido no recipiente. A peça de zinco desaparece lentamente quando seus átomos abandonam os elétrons e formam os íons Zn2+ (incolor) que se difundem para o interior da solução. Embora os elétrons não tivessem ainda sido descobertos, Daniell teve a percepção de que poderia arranjar a reação para realizar trabalho, fazendo a separação das semi-reações de oxidação e de redução em sua célula, Ele montou o arranjo mostrado na Figura I2.4. A reação química é a mesma, mas os reagentes estão separados por uma vasilha porosa. A célula Daniell consiste de eletrodos de cobre e zinco mergulhados em soluções de sulfato de cobre (II) e sulfato de zinco, respectivamente. As duas soluções em contato através da barreira porosa, permite a passagem de íons e completam o circuito elétrico. Para que os elétrons passem dos átomos de zinco para os íons Cu2+, eles devem passar através de um circuito externo (O fio e a lâmpada); e, à medida que eles vão de um eletrodo ao outro, podem ser usados para realizar trabalho acendendo a lâmpada. As semi-reações os íons Cu2+ são convertidos a átomos de Cu em um dos compartimentos (no Cátodo) pela 𝐶𝑢2+ + 2 𝑒− → 𝐶𝑢(𝑠) Ao mesmo tempo, os átomos de zinco são convertidos para íons Zn2+ no outro compartimento pela semi-reação de oxidação. 𝑍𝑛(𝑠) → 𝑍𝑛 2+ (𝑎𝑞) + 2 𝑒 − Os ânions deslocam-se para o ânodo para balancear as cargas dos íons 𝑍𝑛2+ formados pela oxidação do eletrodo de zinco. Os cátions movem-se para o cátodo para substituir as cargas dos íons 𝐶𝑢2+ que foram depositados como cobre metálico. Os íons movem-se entre os dois compartimentos (através da vasilha porosa) para prevenir o aumento de carga elétrica dentro dos compartimentos da célula e para completar o circuito elétrico. A inspiração de Daniell e seus contemporâneos, de separar fisicamente as semi-reações, mudou o curso da história da tecnologia por tornar viável a fabricação de fontes portáteis de eletricidade. Os eletrodos na célula de Daniell são feitos dos metais envolvidos na reação. Entretanto, nem todas as reações de eletrodo envolvem diretamente um sólido condutor. Por exemplo, a redução 2 𝐻 𝑎𝑞 + + 2 𝑒− → 𝐻2 (𝑔) envolve um gás, por isso, é necessário usar um condutor metálico quimicamente inerte, tal como um metal não-reativo ou grafite, para fornecer ou remover os elétrons do compartimento. A platina é costumeiramente usada para o eletrodo, e o gás hidrogênio é borbulhado sobre ele, sendo então mergulhado na solução que contém íons hidrogênio. Este arranjo é conhecido como eletrodo de hidrogênio. Em uma célula galvânica, uma reação química espontânea puxa elétrons da célula através do cátodo, o local da redução, e os libera no ânodo, o local da oxidação. Notação para as células Uma notação resumida muito útil é usada para especificar a estrutura dos compartimentos dos eletrodos em células galvânicas. Os dois eletrodos na célula de Daniell, por exemplo, são escritos 𝑍𝑛 𝑠 𝑍𝑛 2+ 𝑎𝑞 , 𝐶𝑙 − 𝑎𝑞 𝐶𝑢 𝑠 Um eletrodo de hidrogênio construído com platina pode ser escrito 𝐻+ 𝑎𝑞 𝐻2 𝑔 𝑃𝑡 𝑠 Quando age como cátodo (e H+ é reduzido) e 𝑃𝑡 𝑠 𝐻2 𝑔 𝐻 + (𝑎𝑞) quando age como ânodo (e H2 é oxidado). Um eletrodo consistindo de um fio de platina mergulhado em uma solução de íons ferro(lI) e ferro(lll) é escrito como 𝐹𝑒3+ 𝑎𝑞 , 𝐹𝑒 2+ 𝑎𝑞 | 𝑃𝑡 𝑠 Nesse caso, as espécies oxidada e reduzida estão ambas na mesma fase; então, uma vírgula é usada para separá-las ao invés da barra. A ponte salina Na célula de Daniell, as soluções de sulfato de zinco e de sulfato de cobre (II) se encontram dentro da barreira porosa para completar o circuito. Entretanto, quando íons diferentes misturam-se, isto afeta a voltagem medida de tão variadas maneiras, que são difíceis de prever. Para prevenir a mistura das soluções, os químicos usam uma ponte salina para unir os dois compartimentos de eletrodo e completam assim o circuito elétrico. Uma ponte salina típica consiste de um gel contendo uma solução salina aquosa concentrada em um tubo em forma de ponte (Fig. 12.5). A ponte permite o fluxo de íons, e assim completa o circuito elétrico, mas são íons que não afetam a reação da célula (quase sempre é usado KCI). Uma ponte salina é indicada por duas barras verticais ( || ), e o arranjo da Figura 12.5 é escrito como 𝑍𝑛 𝑠 𝑍𝑛 2+ (𝑎𝑞) 𝐶𝑢 2+ 𝑎𝑞 𝐶𝑢(𝑠) Um eletrodo é escrito representando-se por | as interfaces entre as fase. Um diagrama de célula mostra o arranjo físico das espécies e interfaces, com a ponte salina indicada por ||