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1 MEMBRANA PLASMÁTICA A membrana plasmática além de controlar a entrada e a saída de substâncias também tem participação essencial na comunicação, tanto entre as células como entre as células e o ambiente externo. O modelo “mosaico-fluido” descreve a estrutura da membrana plasmática cuja disposição molecular se assemelha a um mar de lipídios onde muitas proteínas diferentes estão inseridas. Estas proteínas podem flutuar livremente no mar de lipídios como se fossem icebergs. Os lipídios atuam como barreira contra a passagem de substâncias com carga, enquanto algumas proteínas atuam como “porteiros” que possibilitam que essas substâncias possam atravessar a membrana. OS LIPÍDIOS DA MEMBRANA A membrana plasmática é formada por dois tipos principais de moléculas lipídicas: fosfolipídios e colesterol. Cerca de 80% dos lipídios da membrana são fosfolipídios e 20% são colesterol. O arcabouço básico da membrana plasmática é a bicamada de fosfolipídios. Os fosfolipídios são moléculas anfipáticas, o que significa que têm partes polares e partes não- polares. Nos fosfolipídios, a parte polar é a cabeça que contém fosfato que é hidrofílica. As partes não-polares são duas longas caudas de ácidos graxos que são hidrofóbicas. Como semelhante atrai semelhante, as moléculas de fosfolipídios se orientam na bicamada com suas cabeças polares voltadas para fora e para dentro da célula. Deste modo, as cabeças polares estão em contato com um líquido aquoso nos dois lados: o citosol, no lado de dentro e o líquido extracelular no lado de fora. As caudas hidrofóbicas de ácidos graxos estão voltadas para o centro da membrana, formando uma região não polar. Observe a figura abaixo que mostra uma representação de uma molécula de fosfolipídio. As moléculas de colesterol também são anfipáticas e a parte polar do colesterol se interage com as cabeças polares dos fosfolipídios e a porção apolar do colesterol se liga às caudas apolares dos fosfolipídios da dupla camada. 2 AS PROTEÍNAS DA MEMBRANA As proteínas da membrana são divididas em duas categorias: integrais e periféricas. As proteínas integrais estão inseridas na bicamada lipídica ou às vezes atravessando totalmente a bicamada, só podendo ser removidas por métodos que rompam a estrutura da membrana. Por outro lado, as proteínas periféricas se associam fracamente à membrana, tanto na superfície interna, como na superfície externa. As proteínas integrais que atravessam toda a bicamada, projetando-se nos dois lados, são as principais proteínas da membrana plasmática e são chamadas proteínas transmembranas (observe a figura abaixo). Algumas proteínas transmembranas possuem carboidratos voltados para o líquido extracelular formando glicoproteínas. Alguns fosfolipídios da dupla camada também possuem carboidratos ligados do lado externo da membrana e são denominados glicolipídios. As partes dos carboidratos das glicoproteínas e dos glicolipídios formam uma extensa capa externa chamada glicocálice. O fato dos carboidratos do glicocálice estarem voltados somente do lado externo da membrana faz com que a membrana seja assimétrica. FUNÇÕES DAS PROTEÍNAS DA MEMBRANA As principais proteínas da membrana são as transmembranas. Algumas são canais contendo um poro ou orifício pelo qual íons podem fluir para dentro ou para fora da célula. A maioria dos canais é seletiva permitindo passagem de um tipo único de íon. Outras proteínas da membrana atuam como transportadores que se ligam a uma substância polar em um dos lados e transportam-na para o outro lado onde é liberada. Proteínas integrais podem também servir como receptores que recebem e se ligam a moléculas específicas como, por exemplo, os hormônios. Assista ao vídeo sobre diabetes e a ação do hormônio insulina sobre a glicose no endereço eletrônico: http://www.youtube.com/watch?v=X0ezy1t6N08). Algumas proteínas integrais e periféricas são enzimas facilitando reações químicas que ocorrem próximas às membranas. Glicoprotéinas que formam o glicocálice são, muitas vezes, marcadores de identidade celular permitindo que as células reconheçam outras células como acontece, por exemplo, quando linfócitos reconhecem células infectadas por vírus. O glicocálice pode também participar da aderência entre as células como acontece em alguns tecidos que precisam que suas células se mantenham bem ligadas umas às outras. Proteínas da membrana podem também servir como proteínas ligadoras que se ligam a filamentos dentro das células. 3 FLUIDEZ DA MEMBRANA As membranas são estruturas fluidas. Sendo assim, a bicamada fosfolipídica automaticamente fecha o buraco causado por ruptura ou punção desta membrana. Quando uma agulha é empurrada através da membrana celular e, em seguida, removida, o local desta punção se fecha e a célula não se rompe. O colesterol faz com que a membrana plasmática fique menos fluida. Quando nossas membranas acumulam quantidades excessivas de colesterol, elas se tornam mais rígidas e menos flexíveis. Uma das conseqüências da aterosclerose, chamada comumente de “endurecimento das artérias” é o acúmulo de colesterol nas membranas plasmáticas das células que revestem internamente as artérias, contribuindo, desta forma, para a flexibilidade diminuída dos vasos sanguíneos, que caracteriza esta doença, ficando os vasos sanguíneos mais susceptíveis às lesões. PERMEABILIDADE DA MEMBRANA As membranas celulares permitem que algumas substâncias atravessem com mais facilidade que outras. Esta propriedade é chamada permeabilidade seletiva. A bicamada de fosfolipídios é permeável à maioria das moléculas não-polares, sem carga, como por exemplo, o gás oxigênio (O2), o gás carbônico (CO2) e os esteróides, mas é impermeável aos íons e às moléculas polares, com carga como, por exemplo, a glicose. Também é permeável à água, uma propriedade inesperada, dado que a água é uma molécula polar. As moléculas de água conseguem atravessar a bicamada lipídica de dois modos: (1) conforme as caudas de ácidos graxos dos fosfolipídios se movem aleatoriamente, pequenas aberturas aparecem rapidamente na bicamada e as moléculas de água são suficientemente pequenas para penetrar nestas aberturas e cruzar a membrana; (2) existem na bicamada lipídica proteínas transmembranas denominadas aquoporinas que atuam como canais de transporte específico para as moléculas de água. As proteínas transmembranas que atuam como canais e transportadores, aumentam a permeabilidade a outras numerosas substâncias polares e com carga (além da água) com dimensões pequenas a médias, que não conseguem atravessar a bicamada lipídica. As grandes moléculas, como proteínas, são incapazes de atravessar a membrana plasmática exceto por transporte vesicular que será discutido adiante. Assista ao vídeo sobre a membrana plasmática no endereço eletrônico: http://www.youtube.com/watch?v=Sj5jJdV9bDk&feature=fvsr GRADIENTES ATRAVÉS DA MEMBRANA PLASMÁTICA A diferença entre as concentrações de um composto químico, nos dois lados da membrana, é chamada gradiente de concentração. Muitos íons e moléculas são mais concentrados no citosol ou no líquido extracelular. Por exemplo, as moléculas de O2 e os íons sódio Na+ são mais concentrados no líquido extracelular, enquanto que as moléculas de CO2 e os íons potássio (K+) estão em maior concentração no citosol. A membrana plasmática também cria uma diferença entre a distribuição dos íons com carga positiva e negativa entre os dois lados da membrana plasmática que é chamada gradiente elétrico ou potencial de repouso da membrana. Tipicamente, a face interna da membrana tem mais cargas negativas, enquanto que a face externa tem mais cargas positivas. Esta distribuição desigual de cargas é fundamental para as células que possuem excitabilidade elétrica, ou seja, células que reagem quando ocorre modificação desse potencial de repouso. Essa modificação do potencial de repouso ocorre, por exemplo, quando as células recebem um impulso nervoso. O valor típico do potencial de repouso da membrana é -70 mV e esse valor negativo significa que as células possuem uma maior quantidade de cargas negativas no meio interno ou uma maior quantidade de cargas positivas no meio externo. TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA PLASMÁTICA O transporte de materiais através da membrana plasmática é essencial à vida da célula. Certas substâncias se movem para o interior da célula para manter as reações metabólicas enquanto outras devem ser removidas porque são produtos finais do metabolismo (escórias). Como já mencionado, algumas substâncias podem cruzar a bicamada lipídica enquanto outras usam canais ou transportadores formados pelas proteínas da membrana. As substâncias cruzam as membranas celulares por meio de processos de transporte que são classificados segundo dois critérios: (1) se são mediados ou não-mediados; (2) se são passivos ou ativos. 4 No transporte mediado, as moléculas se movem através da membrana se ligando a uma proteína transportadora, enquanto que no transporte não-mediado as moléculas são transportadas diretamente sem se ligar a nenhuma proteína transportadora. No transporte passivo, uma substância se move do seu local de maior concentração para o seu local de menor concentração (a favor do gradiente de concentração ou ladeira abaixo), enquanto no transporte ativo a energia celular sob a forma de ATP é usada para levar a substância do seu local de menor concentração para o seu local de maior concentração (contra o gradiente de concentração ou ladeira acima). As células vivas utilizam quatro processos de transporte passivo, três deles não- mediado (osmose, difusão pela bicamada e difusão por canal) e um processo mediado (difusão facilitada). Entre os processos de transporte ativo, todos são mediados. A figura abaixo mostra os principais tipos de transportes (passivo e ativo) realizados por uma célula. Transporte Passivo Osmose A osmose é o movimento efetivo de um solvente através de membrana seletivamente permeável. Nos sistemas vivos, o solvente é a água que se move, por osmose, através da membrana plasmática da região de menor concentração do soluto para a região de maior concentração do soluto. Na osmose, as moléculas de água penetram na membrana pelos dois modos já explicados e o processo só ocorre quando a membrana é permeável à água e não permeável ao soluto. A concentração de uma solução afeta o volume e a forma das células do corpo por causa da osmose. Normalmente, a concentração do citosol é igual à concentração do líquido extracelula e, desta forma, o volume celular permanece relativamente constante. Qualquer solução na qual uma célula mantém seu volume constante é chamada isotônica. Nas condições normais, uma solução de 0,9% de cloreto de sódio (NaCl) é isotônica para um glóbulo vermelho do sangue (GVS). Se os GVS são colocados em solução cuja concentração de solutos é menor do que a do citosol, a solução é dita hipotônica e neste caso as moléculas de água entram na célula, fazendo com que os GVS inchem e eventualmente estourem. Já uma solução hipertônica tem maior concentração de solutos do que o citosol e neste caso, as moléculas de água saem da célula, fazendo com que as células murchem. Difusão pela Bicamada Lipídica As moléculas hidrofóbicas, não-polares, difundem-se através da bicamada lipídica da membrana para dentro ou para fora das células. Estas moléculas incluem o O2, o CO2, os ácidos graxos, os esteróides, as vitaminas lipossolúveis (A, E, D e K), os alcoóis pequenos e a amônia. A difusão pela bicamada lipídica é importante no movimento do O2 e do CO2 entre o sangue e as células corporais, e entre o sangue e o ar dos pulmões durante a respiração. Ela também é a via para a absorção de alguns nutrientes e para a excreção de algumas escórias pelas células corporais. Difusão por Canal A maioria dos canais da membrana são canais iônicos e permitem a passagem de pequenos íons que são demasiadamente hidrofílicos para atravessar o interior não-polar da 5 membrana plasmática. Cada íon só pode difundir-se através da membrana plasmática nos locais onde existam canais que permitam a sua passagem. Na membrana plasmática, os canais iônicos mais numerosos são para os íons potássio (K+) e um número menor de canais estão disponíveis para os íons sódio (Na+). Além disto, como pode ser observado na figura abaixo, alguns canais possuem comportas e podem estar abertos ou fechados dependendo de certas condições. Estes canais com comportas são importantes, por exemplo, na geração e condução do impulso nervoso nos neurônios. Difusão Facilitada Diversos solutos que são demasiadamente polares para se difundir pela bicamada lipídica, ou muito grandes para se difundir por canais da membrana, podem atravessar a membrana por difusão facilitada. Um soluto se liga a um transportador específico em um dos lados da membrana e é liberado no outro após o transportador alterar a sua conformação. Como na difusão, o movimento do soluto ocorre da região de maior concentração para a região de menor concentração. Isto acontece porque o soluto se fixa com maior frequência ao transportador no lado da membrana onde ele está mais concentrado. Os solutos que se movem através da membrana plasmática por difusão facilitada incluem a glicose, a ureia, a frutose, a galactose e algumas vitaminas. A glicose, por exemplo, entra em muitas células do nosso corpo por difusão facilitada. A glicose no líquido extracelular se fixa a uma proteína transportadora de glicose chamada GluT que transporta a glicose para dentro da célula. Como vimos no vídeo sugerido na página 2, a concentração de GluT na membrana das células é aumentada quando o hormônio insulina se liga no seu receptor. Após a glicose ter entrado na célula, uma enzima prende nela um radical fosfato para deixar a molécula de glicose diferente (glicose-6-fosfato) a ponto de não ser possível a GluT transportá-la de volta para o meio externo (observe a figura a seguir). Transporte Ativo O transporte ativo é um processo mediado, consumidor de energia, no qual proteínas transportadoras movem solutos através da membrana contra o gradiente de concentração, ou seja, do local de menor concentração para o local de maior concentração de soluto. Os solutos 6 transportados ativamente através da membrana plasmática incluem diversos íons como Na+, K+, H+, Ca++, I-, Cl-, aminoácidos e monossacarídeos. Algumas destas substâncias também cruzam a membrana por difusão por canal ou difusão facilitada quando os canais e transportadores adequados estão presentes. Transporte Ativo Primário No transporte ativo primário, a energia derivada da hidrólise do ATP altera a forma de uma proteína transportadora que bombeia uma substância através da membrana plasmática contra o seu gradiente de concentração. Na verdade, as proteínas transportadoras responsáveis pelo transporte ativo primário são, muitas vezes, referidas como bombas. O melhor exemplo do mecanismo de transporte ativo primário é denominado bomba de sódio e potássio (ou simplesmente bomba de sódio) que expele íons sódio (Na+) das células, trazendo íons potássio (K+) para dentro. A bomba de sódio mantém uma baixa concentração de íons sódio no citosol ao bombeá-los para o líquido extracelular, contra o gradiente de concentração já que o Na+ é mais concentrado fora das células. Ao mesmo tempo, a bomba de sódio move os íons potássio para dentro das células, contra o gradiente de concentração já que o K+ é mais concentrado dentro. Como o Na+ e o K+ vazam de volta por transporte passivo (difusão por canal), a bomba de sódio deve operar continuamente para manter maior concentração de Na+ no líquido extracelular e maior concentração de K+ no citosol. A bomba opera da seguinte maneira (observe a figura a seguir): 1. Três Na+ do citosol se ligam na proteína da bomba. 2. Ocorre hidrólise de um ATP e o radical fosfato (P) liberado também se liga na proteína da bomba. Esta ligação altera a proteína da bomba de modo que os três Na+ são liberados no líquido extracelular. Neste momento, a forma da proteína da bomba favorece a ligação de dois K+ do líquido extracelular. 3. A ligação dos dois K+ faz com que a proteína da bomba libere o radical fosfato, o que novamente faz com que a forma da proteína da bomba volte a forma inicial. 4. A proteína da bomba na sua forma inicial poderá liberar os dois K+ no citosol. Neste momento a proteína da bomba volta a ficar pronta para receber novamente três Na+. A operação continuada das bombas de sódio é importante para a manutenção do volume celular normal, assegurando que as células não murchem e nem inchem, devido ao movimento de água para dentro ou pra fora das células por osmose. Outra importância da atuação constante das bombas de sódio é que elas contribuem para que o potencial de repouso das células seja negativo já que as bombas de sódio transportam três cargas positivas para fora e somente duas cargas positivas para dentro. A negatividade interna da membrana plasmática, como já mencionado, é fundamental para as células que possuem excitabilidade elétrica como os neurônios e as células musculares. Outro fator que contribui para a maior negatividade interna é a presença de maior quantidade de canais de potássio do que de sódio. Assista ao vídeo sobre a bomba de sódio e potássio no endereço eletrônico: http://www.youtube.com/watch?v=puJaDiiPCQQ Transporte Ativo Secundário Visto que a diferença de concentração de Na+ entre o meio externo e interno é mantida por transporte ativo primário, eles estão sempre entrando na célula por canal. Portanto, existe 7 um fluxo de Na+ passivo e contínuo, pois a bomba de Na+ sempre mantém maior a concentração de Na+ no meio externo. O transporte ativo secundário usa a energia cinética deste fluxo passivo e contínuo de Na+ para realizar o transporte de outras moléculas. Uma proteína da membrana atua como transportador se ligando ao Na+ e a outra molécula simultaneamente. Em seguida esta proteína tem sua forma alterada de modo que as duas substâncias cruzem a membrana ao mesmo tempo. Se a molécula é transportada no mesmo sentido do fluxo passivo do Na+, o transporte ativo secundário é denominado symporter. Por outro lado, se a molécula é transportada em sentido contrário ao fluxo passivo do Na+, o transporte é denominado antiporter. A membrana plasmática tem diversos antiporters e symporters. Por exemplo, os antiporters Na+/H+ localizados nos túbulos renais ajudam a regular o pH do sangue por usarem o gradiente de Na+ para eliminar o excesso de H+ interno. A glicose e os aminoácidos filtrados nos rins também são reabsorvidos nos túbulos renais por symporters. Na verdade, tanto os antiporters como os symporters são capazes de realizar seu trabalho porque as bombas de sódio mantêm baixa a concentração de Na+ no citosol o que faz com que este íon esteja sempre entrando por transporte passivo. A figura abaixo exemplifica um antiporter (à esquerda) e dois simporters (à direita). Transporte Vesicular Uma vesícula é um pequeno saco membranoso que contém pequena quantidade de líquido além de partículas em solução ou em suspensão. Há dois tipos principais de transporte vesicular: (1) endocitose, no qual os materiais se movem para dentro da célula por meio de vesícula formada pela membrana plasmática e (2) exocitose, no qual os materiais se movem para fora da célula por meio de fusão de vesículas com a membrana plasmática. Endocitoses Há dois tipos principais de endocitoses: a endocitose mediada por receptor e a fagocitose. A endocitose mediada por receptor permite que a célula capte substâncias com funções específicas para a célula. A vesícula é formada após uma proteína receptora na membrana plasmática ter reconhecido e fixado uma substância específica no líquido extracelular. Pela endocitose mediada por receptor, algumas células podem captar colesterol a partir de uma partícula denominada lipoproteína de baixa densidade (LDL). O LDL embora seja conhecido como colesterol ruim, pois acima de certa concentração no sangue pode provocar lesões vasculares, é um dos principais distribuidores de colesterol no nosso corpo. O colesterol é um nutriente importante, pois além de fazer parte da constituição das membranas celulares e matéria prima essencial para a síntese de vários hormônios, inclusive os hormônios sexuais masculinos e femininos. E é exatamente o LDL que será o responsável por enviar colesterol para as células sintetizarem esses hormônios. Assista ao vídeo sobre a endocitose mediada por receptor que mostra uma célula captando o LDL e extraindo dele o colesterol no endereço eletrônico: http://www.youtube.com/watch?v=PifagmJRLZ0&feature=related A fagocitose é a forma de endocitose na qual grandes partículas sólidas como bactérias inteiras ou vírus são captados pela célula. A fagocitose começa quando a partícula se fixa em 8 receptor da membrana plasmática fazendo com que a célula estenda projeções da membrana plasmática e do citoplasma chamadas pseudópodos. Estes pseudópodos envolvem a partícula para formar a vesícula chamada fagossoma, que entra no citoplasma. A fagocitose só ocorre em certos tipos de células chamados fagócitos, que são células que englobam e destroem bactérias e outras substâncias estranhas. Os fagócitos incluem certos tipos de glóbulos brancos do sangue e os macrófagos presentes na maioria dos tecidos corporais. O processo de fagocitose é um mecanismo de defesa que ajuda a proteger o corpo contra as doenças. Tanto a fagocitose como a endocitose mediada por receptor são processos que envolvem a presença de receptores de membrana. Porém, uma das principais diferenças entre a fagocitose e a endocitose mediada por receptor é que o material englobado por fagocitose não possui nenhuma função específica para a célula ou para o organismo. Assista ao vídeo sobre a fagocitose no endereço eletrônico: http://www.youtube.com/watch?v=7VQU28itVVw&feature=related Exocitose A exocitose envolve o movimento de materiais para fora da célula em vesículas que se fundem com a membrana plasmática. O material ejetado pode ser uma escória, um produto útil de secreção ou um material formado por um corpo residual após uma fagocitose. Muitas células executam exocitose, mas ela é especialmente importante em dois tipos celulares: os neurônios, que liberam as substâncias chamadas neurotransmissores e as células secretoras, que secretam enzimas digestivas ou hormônios. Durante a exocitose, vesículas circundadas por membrana se formam dentro das células, fundem-se com a membrana plasmática e liberam seu conteúdo no líquido extracelular. Assista ao vídeo sobre a exocitose dos neurotransmissores provocada quando o impulso nervoso chega ao terminal axônico de um neurônio no endereço eletrônico: http://www.youtube.com/watch?v=hz0XQqT-GEc