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RESUMO DE DIREITO PENAL Direito Penal Objetivo – É o conjunto de normas editadas pelo Estado, definindo crimes e contravenções. Direito Penal Subjetivo – É a possibilidade que tem o Estado de criar e fazer cumprir suas normas, executando as decisões condenatórias proferidas pelo Poder Judiciário. Ius puniendi – Direito de punir do Estado Ius accusations – Direito de acusar – MP Costume – É uma regra de conduta praticada de modo geral, constante e uniforme, com a consciência de sua obrigatoriedade. Assim, não se pode falar em revogação de leis pelo costume, mas tão somente por outra lei. Costume não revoga lei. PRINCIPIOS NORTEADORES DO DIREITO PENAL Principio Definição Exemplos Principio da Legalidade Anterioridade + reserva legal Anterioridade -> não se pode impor uma pena a um fato praticado antes da edição desta lei, exceto se for em benefício do réu Reserva legal -> estabelece não existir delito fora da definição da norma escrita. O princípio nullum crimen nulla poena sine lege é cláusula pétrea da Constituição Federal de 1988 (art. 5°, XXXIX; c/c o inciso IV do § 4º do art. 60) e fundamento do Direito penal brasileiro, figurando no art. 1° do Código penal. Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal Principio da Insignificância ou Bagatela Também chamado de princípio da bagatela, analisa a proporcionalidade entre a gravidade da conduta e a necessidade da intervenção estatal. “Para que haja crime, exige-se lesão a um bem juridicamente protegido pela norma penal. Em alguns casos a lesão é tão insignificante que não há interesse para o Direito Penal. Teremos, nesses casos, os chamados crimes de bagatela, sendo estes fatos atípicos O furto, abstratamente, não é uma bagatela, mas a subtração de um chiclete pode ser." Principio da Adequação Social Nenhuma conduta pode ser considerada delituosa ou socialmente condenável, mesmo que se enquadre no que está determinado pela legislação, se tiver ampla aceitação por parte coletividade ou por um grupo que a pratique Art 240 CP - Adultério Principio da Fragmentariedade O DP é seletivo, irá proteger os bens jurídicos importantes para sociedade, mas não em toda e qualquer circunstancias. Vai selecionar em que casos esses bens jurídicos serão por ele tutelados Principio da Subsidiariedade Principio da Intervenção Minima Indica que o DP deve ser a “ultima ratio”, o último recurso a ser utilizado, pois tolhe a liberdade do cidadão. Estes dois princípios andam lado a lado. O 1º será utilizado pelo juiz diante do caso em concreto e o 2º pelo Poder Legislativo no momento de legislar em matéria penal. Principio da Lesividade Não há crime sem lesão ou ameaça de lesão a bem de terceiro. O DP jamais punirá a autolesão. 1) DANO 2) PERIGO a) concreto – São aqueles que irão exigir a comprovação de que efetivamente no caso concreto houve possibilidade de dano a bem de terceiro b) abstrato – São aqueles em que se presumirá de forma absoluta a possibilidade de dano a bem de terceiro 1) Homicídio, lesão corporal, estupro, etc 2) embriaguez ao volante, porte ilegal de arma, exposição a doença venérea, crime de incêndio, etc) Principio da Culpabilidade e Principio da Responsabilidade Subjetiva no DP Estão interligados. Ambos visam impedir que alguém possa ser responsabilizado criminalmente por simplesmente ter dado causa ao resultado. A analise do sujeito é imprescindível, pois não haverá crime sem pelo menos culpa Nullum crime sine culpa CLASSIFICAÇÃO DAS NORMAS PENAIS Normas Penais Incriminadoras Função de definir as infrações penais, proibindo ou impondo condutas, sob ameaça de pena Elas podem ser: a) direta b) indireta Preceito primário – caput Preceito secundário – Pena a) art 121, CP b) Preceito primário: Art 155 CP – Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel Preceito secundário: Pena – reclusão, de 1(um) a 4 (quatro) anos, e multa Normas Penais não incriminadoras (art 1º ao 120) Possuem as seguintes finalidades a) tornar lícitas determinadas condutas b) afastar a culpabilidade c) esclarecer determinados conceitos d) fornecer princípios gerais para a aplicação da lei penal Podem ser: 1) Permissivas a) Permissivas justificantes – finalidade de afastar a ilicitude b) Permissivas exculpantes – destinam a eliminar a culpabilidade. 2) Explicativas – Visam esclarecer ou explicar conceitos 3) Complementares – Fornecem princípios gerais para aplicação da lei. 1a) art 23, 24, e 25 do CP 1b) art 26 caput e 28 §1º CP 2) arts 327 e 150 § 4º do CP 3) art 59 do estatuto repressivo Normais Penais completas São aquelas que definem o delito de maneira precisa e determinada Art. 121, caput CP Normais Penais incompletas ou em branco São aquelas em que há necessidade de complementação para que se possa compreender o âmbito de aplicação de seu preceito primário. a) Homogênea – quando seu complemento é oriundo da mesma fonte legislativa b) Heterogênea – quando seu complemento é oriundo de fonte diversa daquela que a editou Art. 28, da Lei nº 11.343/06 (Lei antidrogas) Necessita da leitura da portaria expedida pela Anvisa a) art. 237 CP exige o art. 1.521, I a VII do CC (Lei 10.406/02) b) art. 28 da Lei antidrogas CONFLITO OU CONCURSO APARENTE DE NORMA non bis in idem - Impede que alguém possa ser condenado por dois ou mais crimes, quando praticou apenas UM MACETE : Se não puder ser aplicado o principio da consunção deve ignorar o caso concreto e ler a norma. Se elas forem parecidas – Principio da Especialidade Se elas forem diferentes – Principio da Subsidiariedade Principio da Especialidade Determina que uma das normas em conflito seja tratada como especial (aquela que tem detalhes) e a outra como geral. Havendo conflito, a norma especial afasta a aplicação da norma geral Art 121, e art 123 do CP Principio da Consunção, subsunção ou absorção O principio da consunção aplicar-se a somente nos seguintes casos: a) Crime complexo – Composto por dois ou mais crimes autônomos b) Crime progressivo – O sujeito mediante dois ou mais atos pratica um único crime, porem cada ato visto isoladamente constitui um crime autônomo, porem, este crime “meio” é necessário sempre para o crime “fim”. O sujeito inicia a execução do crime desejando apenas o crime meio, mas durante a mesma, resolve alcançar o crime fim. c) Progressão criminosa. Divide-se em: 1) Progressão stricto sensu – O Crime meio será sempre necessário. O sujeito inicia o crime meio desejando alcançar o crime fim 2) Progressão antefactum e posfactum – O crime meio não é sempre necessário para alcançar o crime fim b) O agente querendo causar lesão corporal, agride a vitima desferindo-lhe vários socos e durante a execução do delito resolve mata-la. c) O agente quer matar alguém e efetua um disparo em direção a vitima, atingindo-a em zona letal. Para que pudesse chegar ao resultado morte o agente teve que produzir a lesão corporal O crime de lesão absorve o crime de perigo O crime de homicídio absorve o a lesão corporal O furto em casa habitada absorve a violação de domicilio Principio da Subsidiariedade da Norma (soldado de reserva) Haverá uma norma primária (mais grave) as demais serão subsidiárias. Havendo conflito aplicar-se a norma primária. Na impossibilidade da aplicação da primaria, aplica-se a norma subsidiária menos grave a) Tácita – Somente terá aplicação nas hipóteses de não ocorrência de um delito mais grave. b) Expressa – Quando a norma disser: Só se aplica se o fato não constituir crime mais grave. a) art. 311 dp CTB se trafegar em alta velocidade será responsabilizado pelo art 302do CTB que prevê o delito de homicídio culposo. O crime de dano afastará, portanto, o crime de perigo b) arts. 132, 238,239, 249 e 307 do CP Principio da Alternatividade (A doutrina diverge se esse principio resolve conflito de norma) Aplicável aos casos em que há uma única norma, mas com dois ou mais núcleos (verbos) Art. 33 da Lei nº 11.343/06 APLICAÇÃO DA LEI PENAL – NO TEMPO Principio da Extra-atividade - A lei penal mesmo depois de revogada pode continuar a regular fatos ocorridos durante sua vigência ou retroagir para alcançar aqueles que aconteceram anteriormente a sua entrada em vigor. Tempo do crime a) Teoria da Atividade – O tempo do crime será o da ação ou omissão, mesmo que outro seja o momento do resultado. b) Teoria do Resultado – O tempo do crime será o da ocorrência do resultado da infração penal c) Teoria da Ubiquidade (mista) – O tempo do crime será o da ação ou omissão, bem como o do momento do resultado. A regra é sempre aplicar a lei penal vigente ao tempo do crime salvo se a nova lei for mais benéfica. Regra – Principio da irretroatividade da lei penal Exceção – Principio da retroatividade da lei penal mais benéfica 1) Crime permanente – É o crime em que a conduta se prolonga no tempo 2) Crime continuado – É uma espécie de concurso de crime (previsto no art. 71 CP), criada pelo legislador a fim de beneficiar o condenado que praticou 2 ou mais crimes da mesma espécie A sumula nº 711 do STF determina que tanto no crime permanente quanto continuado, o juiz deverá aplicar a lei penal vigente no momento em que cessou a permanência ou a continuidade, AINDA QUE a lei anterior seja mais benéfica ao condenado. a) Tempo do crime – O CP adotou a teoria da atividade conforme art. 4º CP 1) art. 148 CP – Crime de sequestro Art. 159 CP – Crime de extorsão mediante sequestro Art. 33 da Lei 11.343/06 – Crime de tráfico de drogas na modalidade (manter em deposito) 2) Funcionário das lojas Americanas que durante 5 meses, a cada mês subtraiu dinheiro do caixa. Portanto, efetivamente praticou 5 furtos. Aplicando a ficção jurídica prevista no art 71 CP, é como se o 5º furto fosse continuação do 4º, que seria continuação do 3º, e assim sucessivamente. HIPOTESES DE LEI PENAL NO TEMPO a) Abolitio Criminis b) Novatio legis in mellius c) Novatio legis in pejus d) Novatio legis incriminadora a) Lei penal que deixa de tratar como crime determinada conduta b) Lei que passa a dar tratamento penal mais benéfico do que a lei anterior c) Lei que passa a dar tratamento mais severo que a lei anterior d) Lei que passa a tratar como crime o que antes não era a) art. 240 CP – adultério b) Lei nº 12.015/09 revogou tacitamente o art 9º da Lei 8.072/90 c) Lei nº 10.763/03 que aumentou as penas dos arts 317 e 333 do CP d) Lei nº 12.012/09 – Prevaricação indireta, art 319ª do CP QUESTOES CONTROVERTIDAS SOBRE LEI PENAL NO TEMPO 1) Ultratividade da lei penal de vigência temporária 2) Combinação de leis 3) Retroatividade da lei penal mais benéfica no período de vacatio legis 4) Competência para retroagir a lei penal 5) Retroatividade do complemento 1) Majoritariamente entende-se que o art 3º do CP foi recepcionado pela CF. 2) Parte entende que as leis ferem o art 22, I da CF/88, não pode o juiz legislar (combinar leis = criar nova lei) 3) 1º posicionamento – Aguardar o período de vacatio legis (VC) 2º posicionamento – Deve retroagir desde logo 3º posicionamento – Deve aguardar o período de VC, salvo se esperar possa trazer prejuízo irremediável ao condenado (é o Majoritário) 4) Entende-se que a competência é do juízo da vara de execuções penais (VEP) com base no art. 66, I da LEP (Lei de execuções penais, nº 7.210/84) 5) 1º posicionamento – Quando se altera o complemento não se altera a lei 2º posicionamento – Quando se altera o complemento, indiretamente altera-se a lei penal 3º posicionamento – O complemento da lei penal em branco é irretroativo, salvo quando alterar a essência da norma. 1) Art. 3º do CP APLICAÇÃO DA LEI PENAL – NO ESPAÇO Território Nacional a) Geográfico – Até onde o Brasil faz suas fronteiras b) Jurídico – Todo e qualquer lugar em que o Brasil exerça soberania Art. 5º CP - O Brasil adotou para a lei penal no espaço o conceito jurídico Principio da Territorialidade Determina a aplicação da lei penal brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, como por exemplo: agentes diplomáticos, seus familiares, seus empregados particulares, presidentes de organizações internacionais, etc Art. 5º CP Principio da Extraterritorialidade Preocupa-se com a aplicação da lei brasileira a fatos ocorridos no estrangeiro a) Incondicionada – Admite que alguém possa ser processado, julgado e até condenado duas ou mais vezes pelo mesmo crime. O sujeito vai descontar da pena aplicada no Brasil o tempo que ele tenha cumprido no estrangeiro. b) Condicionada – Diz sujeitar-se a lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro Art. 7º CP a) Art. 7º §1º, I CP - Principio da defesa real ou de proteção Art. 8º CP b) Art. 7º §1º, II, a CP – Principio Cosmopolita da universalidade ou Justiça penal universal Art. 7º §1º, II, b CP – Principio da Nacionalidade ou personalidade ativa Art. 7º §1º, II, c CP – Principio da representação ou da bandeira Art. 7º §3º CP – A maioria da doutrina entende como Principio da Nacionalidade ou personalidade passiva Lugar do crime a) Teoria da Atividade – O lugar do crime seria o da ação ou omissão, mesmo que outro fosse o momento do resultado. b) Teoria do Resultado – O lugar do crime será o da ocorrência do resultado. c) Teoria da Ubiquidade (mista) – O lugar do crime será o da ação ou omissão, bem como onde se produziu o resultado. Art.9º - Pelo principio da soberania, uma sentença estrangeira só poderá ser executada no Brasil se for homologada pelo STJ. c) Lugar do crime – O CP através do Art. 6º, adotou a teoria da Ubiquidade CRIME Teoria Causalista Teoria Finalista (Weltzel) Teoria Constitucional do Delito Crime Teoria Tripartida Vigente até o ano de 1984 Crime Crime Culpabilidade é mero pressuposto de Aplicação de pena - Teoria Bipartida Crime Culpabilidade é mero pressuposto de Aplicação de pena DO FATO TIPICO - ELEMENTOS Conduta Penal Resultado Nexo Causal Tipicidade TIPOS DE CRIME Crime Material Crime Formal Crime de Mera Conduta - Conduta Penal - Resultado Jurídico - Resultado Naturalístico - Nexo Causal - Tipicidade - Conduta Penal - Resultado Jurídico - Tipicidade Resultado Naturalístico e Nexo causal é irrelevante - Conduta Penal - Resultado Jurídico - Tipicidade Resultado Naturalístico e Nexo causal não existe Arts: 121, 129, 155, 157, 171, etc Arts: 147, 158, 159, etc Arts: 150, 269, 135, 244, 246, etc CONDUTA PENAL Para que haja uma conduta penal é necessário os seguintes elementos: - vontade - finalidade - exteriorização - consciência Hipóteses de ausência de conduta penal 1) Atos inconscientes 2) Atos reflexos 3) Caso fortuito 4) Força maior ou coação irresistível Observações: 1) Teoria da actio in causa 2) Coação a) física -> irresistível (a única que exclui a conduta penal) e resistível b) moral -> força física e grave ameaça 3) Conduta diferente de ato Objeto de conduta 1) Objeto jurídico – É o bem jurídico tutelado 2) Objeto material – É sobre o que recai a conduta penal Art. 121 Art. 155 Obj. jurídico – vida Obj. jurídico - Patrimonio Obj. material – alguém Obj. material – Coisa alheia móvel Sujeitos da Conduta 1) Sujeito Ativo – É aqueleque pratica a conduta penal 2) Sujeito Passivo a) imediato - É aquele que sofre diretamente a conduta b) mediato – É aquele que sofre indiretamente a conduta. O sujeito passivo mediato é SEMPRE o Estado Observações do Sujeito 1) Crimes contra os mortos – Para os que admitem crime vago (sem personalidade) o sujeito passivo imediato é a família, para os que não admitem, é o Estado. 2) O Estado é SEMPRE sujeito passivo mediato de todas as condutas penais e as vezes também será sujeito passivo imediato 3) Em regra o sujeito passivo é determinável, porem em alguns casos são indetermináveis. 4) A pessoa jurídica pode ser sujeito passivo da conduta penal. Nos crimes contra o meio ambiente a lei prevê a PJ como sujeito ativo da conduta, mas há divergência doutrinária (PJ não tem cérebro) 1) Arts: 138 §2º, 210, 211, 212 do CP 2) Arts: 312 e seguintes do CP 3) 4) Arts: 173 §5º CF/88, 225 §3º CF/88, Lei nº 9.605/98 Espécies de conduta 1) Comissiva (Ação) a) pura, própria, propriamente dita 2) Omissiva (omissão) a) pura, própria, propriamente dita b) impura, imprópria, comissiva por omissão – Somente as pessoas referidas no Art. 13 §2º CP 1 - Comissiva a) Art: 121 CP – Matar alguém 2 – Omissiva a) Art. 135 CP b) Dever + Poder + Evitar -> alíneas: a, b, c RESULTADO Resultado 1) Jurídico – Bem jurídico tutelado 2) Naturalístico – Modificação no mundo exterior provocado pela conduta penal Obs. 1) Todos os crimes tem resultado jurídico pois todos visam a proteção de um bem jurídico. Obs. 2) Nem todos os crimes tem resultado naturalístico Homicídio Resultado jurídico – vida Resultado naturalístico – morte Crimes contra o patrimônio – Roubo e furto Resultado jurídico – patrimônio Resultado naturalístico – perda patrimonial ou obtenção da vantagem NEXO CAUSAL É o liame entre a conduta penal e o resultado naturalístico Teoria da Conditio sine qua non ou Teoria da equivalência Determina o “juízo hipotético de eliminação Teoria da Culpabilidade Principio da Responsabilidade subjetiva Nullum crime sine culpa -> Não pode haver crime sem pelo menos culpa Concausa É toda a causa que concorre paralelamente com outra, contribuindo para a produção do resultado. 1) Absolutamente independente a) Preexistente b) Concomitante c) Superveniente 2) Relativamente Independente a) Preexistente b) Concomitante c) Superveniente -> Art. 13 § 1º do CP Pergunta: Por si só, a concausa deu causa ao resultado naturalístico? a) SIM -> Rompe o Nexo Causal b) NÃO -> Não rompe o Nexo Causal TIPICIDADE Tipicidade 1) Tipicidade Formal - No século passado a análise era puramente formal a) Subordinação imediata - Quando a conduta penal se adequar diretamente ao preceito primário da norma penal incriminadora b) Subordinação mediata – Quando esta adequação for feita recorrendo-se a uma outra norma penal 2) Material / Substancial – Com a Teoria Constitucionalista do delito (TCD) de Roxin só haverá tipicidade se ela for formal e material 3) Tipicidade Conglobante – Zaffaroni trouxe ao Brasil. Determina que para haver tipicidade, a mesma deve ser formal, material e conglobante 1) Tipicidade Formal a) Maria matou João – Art. 121 CP b) Maria tentou matar João – Art. 121 + art 14 II CP b) Sérgio ajudou Maria a matar João – Art. 121 + 29 CP TIPO PENAL INCRIMINADOR É o que descreve a conduta criminosa tendo em vista o Principio da Legalidade, desta forma a função do tipo penal é descrever detalhadamente a conduta penal Elementos do TIPO 1) Núcleo (Verbo) – Todo tipo penal deve ter pelo menos um núcleo. Existem tipos penais que tem mais de um núcleo e a doutrina o classificará como: a) Crime de conteúdo variado b) Crime de ação múltipla c) Tipo misto alternativo d) Plurinuclear Art 122 CP Art 33 da Lei nº 11.343/06 Art 14 da Lei nº 10.826/03 Objeto Material É sobre o que recai a conduta penal O tipo penal incriminador deve ter pelo menos um núcleo e um objeto material Referências Subjetivas Referencias de qualidades especificas do sujeito Ativo e/ou passivo a) Crime próprio – Se admitir todas as formas de concurso de pessoas b) Crime de mão própria – Se não admitir todas as formas c) Crime comum – Pode ser praticado por qualquer pessoa Referências Objetivas Referências ao tempo, lugar, modo de execução a) Crime de forma vinculada – Referencia ao modo de execução b) Crime de forma livre – Sem referência ao modo de execução Especial Fim de agir Dolo específico Toda vez que o tipo penal trouxer expressões como: - Com o fim de - Com o intuito de - Com o fito de - Para Arts 158 e 159 CP Tipo Penal – Divisão 1) Fundamental – caput 2) Derivado (§§) a) qualificador – Pena maior que caput (pena > caput) b) majorante – aumento de pena em fração (> em fração) c) minorante- diminuição de pena em fração (< em fração) d) autônomo – pena diferente de caput ( pena ≠ caput) e) equiparado – pena igual a caput (pena = caput) f) agravante – Aumentado pelo juiz (+ ? ) g) Atenuante – Diminuído pelo juiz ( - ? ) 1) 2) a) b) c) d) e) f) Arts 61, 62 CP e 298 CTB g) Arts 65 e 66 CP Fato Típico Ilícito/antijurídico Culpável (culpabilidade) Injusto Penal Fato Típico Ilícito/antijurídico Culpável (culpabilidade) Fato Típico Ilícito/antijurídico Fato Típico Ilícito/antijurídico Punível (punibilidade) Jurídico Naturalístico Formal Material Conglobante Rompe o Nexo Causal Não rompe o Nexo Causal