Vamos analisar cada uma das alternativas em relação ao conceito de raça como um construto social, conforme discutido por Antônio Sergio Alfredo Guimarães e os dados da PNAD/IBGE. (A) A hipótese de que a autopercepção racial de parte dos brasileiros mudou está em conflito com a tese de que raça é um construto social. Isso não é totalmente correto, pois a mudança na autopercepção pode, na verdade, reforçar a ideia de que raça é um construto social. (B) A tese de que raças são construtos sociais ganha força diante das mudanças na autopercepção de parte dos brasileiros sobre sua condição racial. Essa alternativa faz sentido, pois as mudanças na autopercepção podem refletir alterações sociais e culturais, apoiando a ideia de que raça é um construto social. (C) As alterações na autopercepção racial não guardam relação com a ideia de que raça é um construto social. Essa afirmação é contraditória, pois as mudanças na autopercepção podem sim estar relacionadas a essa ideia. (D) Os dados do IBGE sobre o aumento da autodeclaração racial não indicam um aumento real da população, mas sim uma mudança na percepção, o que contraria a ideia de que raça é uma realidade biológica. (E) A existência do racismo no Brasil não indica que a tese de raça como construto social está errada. Na verdade, o racismo pode coexistir com a ideia de que raça é um construto social, pois as percepções sociais e as realidades biológicas podem se entrelaçar. Após essa análise, a alternativa que melhor se alinha com a ideia de que raça é um construto social e que considera as mudanças na autopercepção racial é a (B).