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Profa. Ledilce Ataide Discussão dos Seminários II Anemia das doenças crônicas É secundária a câncer e estados inflamatórios, infecciosos ou não. Etiologia multifatorial: desequilíbrio do metabolismo do ferro, encurtamento da sobrevida eritrocitária, inibição da hematopoese, relativa deficiência de eritropoetina, aumento na produção de hepcidina. Anemia das doenças crônicas Hepcidina, peptídeo produzido pelo fígado nos processos inflamatórios, de ação antibiótica. Aumento dos níveis de Hepcidina (100X) diminui a absorção do ferro pelo intestino delgado, a liberação do ferro reciclado pelos macrófagos e o transporte de ferro pela placenta. Anemia das doenças crônicas A anemia representa um sinal de uma doença associada, por isso, também é chamada de anemia secundária. Doença de comportamento crônico, refratária à terapêutica antianêmica e sua melhora coincide com a melhora da doença básica. Seu diagnóstico é feito por exclusão. Mais comum em pacientes hospitalizados. Anemia leve (maioria) a moderada. Diagnóstico Laboratorial Metabolismo do ferro: - Ferro sérico baixo. - CTLF baixo. - Sat Transferrina diminuída. - Ferritina normal a elevada (Ferritina é uma proteína de fase aguda). - Ferro medular costuma estar aumentado. Normocitose e normocromia sem anisocitose (70% dos casos), ou microcitose com discreta hipocromia. Diminuição da meia vida da hemácia - Lesão lítica do eritrócitos (visto pelo marcador cromo 51). Patologias associadas 1 - Pulmão abscesos, enfisema, tuberculose, peumonites, bronquiectasia. 2 - Coração: endocardite bacteriana, miocardite. 3 - Uro-genital: doença inflamatória pélvical, dçs infecciosas urogenitais crônicas. 4 - Doenças osteo-artro-musculares: o Artrite Reumatóide o Febre Reumática o Lupus Eritematoso S. o Trauma severo o Injúria térmica o Abscesso Patologias associadas 5 - Neoplasias 6 – Septicemias 7 - Anemia nas endocrinopatias: - Hipotireoidismo (metrorragia, diminuição absorção do ferro secundária a acloridria) - Hipopituitarismo - Hipogonadismo e hipoadrenalismo. (dim. de androgênios leva a dim. da hematopoese). 8 - Anemia nas hepatopatias: - 60 a 70% das hepatopatias são anêmicas. - Hipertensão porta - congestão esplênica => pancitopenia pelo hiperesplenismo. - Cirrose - freqüentemente causa anemia. Patologias associadas 9 - Insuficiência renal aguda e crônica - Falência da função endócrina renal (dim. da eritropoetina). - Hemodiálise retendo eritrócitos - Perda de ferro e ác. fólico pela diálise OBS:. Quando a uréia atinge níveis iguais ou acima de 100 mg/dL, o hematócrito está proporcionalmente abaixando-se em 30%. A cada 500 mg de uréia que aumenta, diminuem- se 2 g% de Hb. Patologias associadas 10 - Outras etiopatogenias: - Hemorragias digestivas altas por rompimento de varizes - Deficiência de ac. fólico, por diminuição da síntese proteica hepática da pteroilglutamase (que serve para absorver o folato no intestino). - Alcoolismo associado (dim. de folato e Vit.B12) - Hemorragias freqüêntes por def. de fatores da coagulação. Tratamento Nem sempre necessário Tratar a doença de base. Eritropoetina. Transfusão (Nas doenças renais crônicas 25% dos indivíduos necessitam de transfusões freqüentes). FIM Anemia Sideroblástica Representa um grupo raro de desordens heterogêneas que possuem como característica comum, além de anemia, a presença de depósitos de ferro nas mitocôndrias dos eritroblastos. A mitocôndria “carregada” de ferro assume localização perinuclear e recebem por isso o nome de Sideroblastos em Anel. Sideroblasto em Anel Anemia Sideroblástica A patogênese das anemias sideroblásticas tem como base um distúrbio da síntese do heme. O ferro vai sendo acumulado,o que é potencialmente lesivo ao eritroblasto, levando á sua destruição na própria medula – um mecanismo chamado eritropoiese ineficaz. A redução da síntese do heme, em conjunto com a eritropoiese ineficaz, estimula (por mecanismos desconhecidos) a absorção intestinal de ferro. Após vários anos, o paciente evolui com um estado de sobrecarga de ferro – chamado de hemossiderose ou hemocromatose. (sobrecarga de ferro nos órgãos e tecidos, manifestando-se como hepatoesplenomegalia, lesão hepática e cardíaca). Anemia Sideroblástica FORMA ADQUIRIDA: Associada a fármacos ou toxinas – álcool, chumbo, cloranfenicol, vários agentes antituberculosos. Álcool etílico (↑qtde) interfere no metabolismo da piridoxina (B6)– coenzima essencial na síntese da porfirina), além disso, é uma toxina mitocondrial. Anemia Sideroblástica FORMA HEREDITÁRIA: Caráter recessivo ligado ao cromossomo X; Mutação na ALA sintase. Moderada hepatoesplenomegalia devido a sobrecarga de ferro; Respondem a Piridoxina em altas doses. Anemia Sideroblástica Quando suspeitar da presença de anemia sideroblástica? Sempre que houver a coexistência paradoxal de hipocromia com ferro sérico alto, saturação de transferina elevada e ferritina elevada. As talassemias (major e intermedia) também podem determinar esse padrão. Uma eletroforese de hemoglobina pode excluir esta última entidade. Anemia Sideroblástica Duas populações de eritrócitos: uma hipocrômica e microcítica e outra normocítica e, eventualmente, macrocítica. RDW muito alto. Ferro sérico alto (>150ug/dL). Ferritina sérica normal ou alta (>100-200ng/ml). TIBC normal. Saturação de transferina alta (30-80%). Anemia Sideroblástica MO: Hiperplasia eritróide; Depósito de ferro aumentado; Visualização dos sideroblastos em anel (>15%) (corados com Azul da Prússia). Tratamento (1) correção da anemia (2) correção ou prevenção da hemocromatose. Anemia sideroblástica hereditária: doses suprafisiológicas de piridoxina (vitamina B6). A anemia sideroblástiva adquirida idiopática não costuma responder a nenhum tratamento. Desferoxamina – quelação e eliminação do ferro. Quando suspeitar da presença de anemia sideroblástica? Como podem ser visualizados os sideroblastos em anel? Cite duas causas para a Anemia Sideroblástica Adquirida. Quais são as alterações observadas no hemograma? Para que serve a coloração de Perls? Como Confirmar o Diagnóstico da anemia sideroblástica? Anemia Sideroblástica FIM Você acredita em Lobisomem? www.lindsayazambuja.blogspot.com Constituem um grupo de pelo menos oito doenças genéticas distintas, além de formas adquiridas, decorrentes de deficiências enzimáticas específicas na via de biossíntese do heme, que levam a superprodução e acumulação de precursores metabólicos, para cada qual correspondendo um tipo particular de porfiria. Fatores ambientais, tais como medicamentos, álcool, hormônios, dieta, stress, exposição solar e outros desempenham um papel importante no desencadeamento e curso destas doenças. Porfirias www.ooutroladodomundoo.blogspot.com Porfirias- Classificação As porfirias podem ser divididas em hereditárias e adquiridas. A classificação das porfirias hereditárias é feita, preferencialmente, de acordo com o déficit enzimático específico. Como o heme é sintetizado tanto na medula óssea, quanto no fígado, as porfirias poderão também ser classificadas, conforme a origem dos precursores em excesso, em porfirias eritropoéticas ou porfirias hepáticas, respectivamente. Outra classificação, segundo a forma de apresentação dos sintomas, divide as porfirias em porfirias agudas, com predomínio sintomas neuropsiquiátricos e viscerais, e porfirias cutâneas, que se manifestam por foto- sensibilidade cutânea. Porfirias-Diagnóstico Dor abdominal é o sintoma mais comum. Podem ocorrer náusea, vômito, constipação, dor e fraqueza muscular, retenção urinária, arritmias, confusão mental, alucinações e convulsões. Porfirias cutâneas: .a) Hirsutismo. Para o organismo proteger-se da luz (nos lugares mais expostos à luz. .b) Pigmentação da pele e os dentes podem ser vermelhos, pele com severa inflamação em forma de queimação. Porfirias-Diagnóstico Inicia-se o rastreamento pela dosagem de porfobilinogênio (PBG) e de ácido delta- aminolevulínico (ALA) urinários, que se encontram aumentados em todas as porfirias agudas. Quando em presença de porfirias cutâneas está indicada, para o diagnóstico inicial, a determinação das porfirinas plasmáticas. A positividade de algum destes testes é altamente sugestiva, partindo-se para a identificação do tipo de porfiria através das porfirinas urinárias, fecais e dos eritrócitos. Estes exames não estão indicados como testes de rastreio por falharem em sensibilidade e especificidade, o que dificulta a interpretação dos resultados. Tabela 2. Diagnóstico diferencial das porfirias agudas Nota: P. ALAD, Porfiria ALAD; PAI, Porfiria Aguda Intermitente; CPH, Coproporfiria Hereditária; PV, Porfiria Variegata; ALA, Ácido delta-aminolevulínico e PBG, Porfobilinogênio. Porfirias-Tratamento Durante as crises de Porfiria Aguda a hospitalização é geralmente necessária. Suspender medicamentos porfirinogênicos (anticonvulsivantes, bloqueadores dos canais de cálcio, metoclopramida, alguns sedativos, antibióticos, antifúngicos e hormônios *) álcool e tabaco. Tratar dor, náuseas e vômitos com drogas consideradas seguras. Fornecer um aporte elevado de glicose (300 gramas ou mais/dia) Verificar a necessidade de se instituírem medidas de suporte, tais como: correção de hiponatremia, hipo/hipertensão e suporte ventilatório (paralisia bulbar). (*) Lista no site da ABRAPO Porfirias-Tratamento Iniciar terapia com hematina (EUA) ou arginato de heme (Europa), o mais precocemente possível. Eles inibem a ação da primeira da síntese do heme, bloqueando a produção e acúmulo das porfirinas. Estas drogas têm um custo muito elevado e não são produzidas no Brasil. Para a prevenção de novas crises, manter uma dieta adequada (rica em carboidratos), evitar drogas porfirinogênicas, álcool, tabaco, atividade física extenuante e stress. Nas Porfirias Cutâneas deve-se evitar a exposição da pele à luz solar (roupas apropriadas, fotoprotetores, insulfilm nas janelas, etc) e os traumas cutâneos. Porfirias-Tratamento Na Porfiria Cutânea Tarda (a forma mais freqüente de porfiria) flebotomias programadas e cloroquina ou hidrocloroquina são os tratamentos recomendados durante a fase ativa da doença. Identificar e evitar ou tratar fatores desencadeantes (álcool, tabaco, estrógenos, sobrecarga de ferro, infecção por HIV e HCV) também é importante. Na Protoporfiria Eritropoiética a utilização de beta-caroteno melhora a tolerância aos raios solares e a ingestão de colestiramina pode baixar os níveis de porfirinas em alguns pacientes. Na Porfiria Eritropoiética Congênita as transfusões sanguíneas e a administração oral de carvão ativado podem ser úteis, entretanto, nas formas mais graves, esplenectomia, sobretudo transplante de medula óssea, são opções terapeuticas fundamentais. http://www.porphyriafoundation.com/Portuguese/for_physicians-p/index.html# http://ioh.medstudents.com.br/adc.htm http://www.porphyria-europe.com http://www.porphyriafoundation.com/Portuguese/for _physicians-p/index.html Obrigada!