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PROFESSOR 
WILSON SANCHES
Cientista Social
Especialista em Avaliação Educacional
Mestrando Ciências Sociais
Pesquisador do Grupo de Estudo em Novas 
Tecnologia do Trabalho
HOMEM, CULTURA E SOCIEDADE
ADMINISTRAÇÃO
Aula 1
Formação do Pensamento Ocidental
Propiciar ao aluno condições para que possa se 
construir como sujeito autônomo, capaz de agir 
e decidir de forma responsável dentro do 
ambiente social, na perspectiva pessoal e 
coletiva.
OBJETIVOS DA DISCIPLINA
Formação do Pensamento Ocidental
– Filosofia Clássica Grega;
–O pensamento cristão medieval;
–o pensamento moderno;
–Contemporaneidade.
Tele‐Aula 1 Por onde começar para se entender o pensamento ocidental?
Por causa da colonização europeia das 
Américas, nós também fazemos parte ‐ ainda 
que de modo inferiorizado e colonizado ‐ do 
Ocidente europeu e assim também somos 
herdeiros do legado que a Filosofia grega 
deixou para o pensamento 
ocidental europeu. (Marilena
Chauí‐ convite a filosofia)
Legados da Filosofia Grega
1) A idéia de que a Natureza opera 
obedecendo a leis e princípios necessários e 
universais, isto é, os mesmos em toda a 
parte e em todos os tempos.
2) A idéia de que as leis necessárias e universais 
da Natureza podem ser plenamente 
conhecidas pelo nosso pensamento, isto é, não 
são conhecimentos misteriosos e secretos, que 
precisariam ser revelados por divindades, mas 
são conhecimentos que o 
pensamento humano, por 
sua própria força e capacidade,
pode alcançar.
Legados da Filosofia Grega
3) A idéia de que o nosso pensamento é lógico ou 
segue leis lógicas de funcionamento.
4) A idéia de que os seres humanos, por Natureza, 
aspiram ao conhecimento verdadeiro, à
felicidade, à justiça, isto é, que os seres 
humanos não vivem nem 
agem cegamente, mas criam 
valores pelo quais dão sentido 
às suas vidas e às suas ações.
Legados da Filosofia Grega Uma forma de explicar o inexplicável
O mito (mytheo = narrar, contar) não é uma 
simples lenda fabulosa, mas uma organização 
da sociedade a partir da experiência sensível. 
(Levi‐Strauss)
Três funções do Mito
Organizativa
Relações 
Sociais –
Proibições e 
permissões
Compensatória
Negar o 
passado e 
compensar por 
alguma perda
Explicativa
o presente é
explicado por 
alguma ação 
passada
ATIVIDADE EM SALA
Será que podemos pensar que a nossa época 
acabou com os mitos ou criou novos mitos?
Se há novos mitos qual é o papel destes mitos na 
contemporaneidade?
Amande
Highlight
Amande
Highlight
Amande
Highlight
Amande
Resposta
Penso que criou novos!
Amande
Resposta
Explicar o modo de certas coisas acontecerem de certas formas.nullnull
Aos poucos aparece algo 
fundamentalmente novo no pensamento 
Grego que se desvincula das explicações 
mitológicas sobre a origem e a essência 
das coisas. Uma vez disseram a Pitágoras de Samos 
que ele era um sábio e ele respondeu: 
“não sou um sábio, mas amigo 
da sabedoria”
PHILOSOPHIA
Os primeiros filósofos buscavam o princípio do 
todo organizado (Kosmos), portanto a arkhé
(fonte, raiz, origem ou regra).
Buscavam uma explicação causal e sistemática 
sobre a origem, ordem e transformação da 
natureza.
Os Primeiros filósofos
Buscavam o princípio natural, eterno, 
imperecível e imortal gerador de todos os 
seres, ou seja, a PHYSIS (natureza, principio de 
geração)
A physis é imutável, no entanto os seres 
gerados por ela não são.
Todos os seres se movem, este
movimento é chamado
de DEVIR
Os Primeiros filósofos
O devir segue leis rigorosas que o pensamento 
conhece. Para esta lei, toda mudança é a 
passagem de um estado ao seu contrário.
Embora todos os pré‐socráticos afirmassem a 
existência da physis, nem todos concordavam 
ao determina o que ela era.
PRIMEIROS FILÓSOFOS Filósofo PhysisTales Água ou úmido
Anaximandro O ilimitado
Anaximenes Ar ou frio
Pitágoras Numero (estrutura e relação proporcional 
entre os elementos)
Heráclito Fogo
Empédocles 4 raízes (úmido, seco, quente e frio)
Anaxágora Semente que continham os elementos de 
todas as coisa
Leucipo e Demócrito Átomo (não divisível)
Heráclito de Éfeso
Perceber e Pensar são 
coisas diferentes
Percebemos um mundo 
estável
O pensamento alcança a 
verdade de um mundo em 
mudança contínua
Realidade Aparente e 
Efetiva
Parmênides de Eleia
Perceber e Pensar são 
coisas diferentes
Percebemos um mundo 
em mudança
O pensamento alcança 
a verdade que é de 
identidade imutáveis
Preocupa‐se com questões humanas como 
ética, política.
Período Socrático ou Antropológico
Considerado o patrono da Filosofia
Andava pelas ruas e praças de Atenas fazendo 
perguntas sobre as idéias, sobre os valores nos 
quais os gregos acreditavam e que julgavam 
conhecer;
Suas perguntas levavam os 
atenienses a pensarem sobre 
suas ideias, valores e crenças
Sócrates
A consciência da própria ignorância é o começo 
da Filosofia;
Sócrates preocupava‐se em encontrar o 
conceito e não a mera opinião
–O conceito é a essência universal, 
intemporal e necessária de 
alguma coisa. 
Só sei que nada sei
Sócrates propunha que, antes de querer 
conhecer a Natureza e antes de querer 
persuadir os outros, cada um deveria, primeiro 
e antes de tudo, conhecer‐se a si mesmo. A 
expressão “conhece‐te a ti mesmo” que estava 
gravada no pórtico do templo de Apolo, 
patrono grego da sabedoria, 
tornou‐se a divisa de Sócrates
O conhecimento mais importante
As idéias são inatas à nossa alma racional, 
conhecer‐se a si mesmo é fazer o trabalho para 
o parto ou nascimento destas ideias.
O conhecimento mais importante
Maiêutica (parto); elenkhos (refutação) ou 
protréptico (exaltação).
Conhecer é examinar as contradições da 
aparência e das opiniões para poder abandoná‐
las e passar da aparência à essência, da opinião 
ao conceito
O método socrático
Após a morte do mestre sai de Atenas e entra 
em contato com os eleatas e os Pitagóricos
Volta a Atenas e em 387 a.C. funda a Academia
Principais preocupações: ÉTICA, POLÍTICA e a 
QUESTÃO DOS UNIVERSAIS
Platão o discípulo de Sócrates
Teoria da reminiscência (influencia dos pitagóricos)
– Conhecimento latente da alma
• Latente significa não aparente
A alma é independente do suporte físico
O interesse de Platão está no 
MUNDO DAS IDÉIAS, DAS 
FORMAS, DO CONHECIMENTO 
onde existe o SER.
Questões dos Universais
O que é o conhecimento (episteme)?
Conhecimento é algo bem delimitado que não 
pode ser confundido com a crença
Eidos (Ideia ou Forma)
4 graus de conhecimento em Platão:
–CRENÇA – confiança no sentido
–OPINIÃO – aceitação da crença
–RACIOCINIO – treina o pensamento
– INTUIÇÃO RACIONAL – Conhece a essência
O objeto do conhecimento é
definido pelo eidos (forma)
Eidos (Ideia ou Forma)
Méthodo dialético
– Dialética significa dois logos ou ratio
– Da imagens atingimos uma definição, ainda que 
provisória; em seguida devemos proceder à
divisão dialética, que busca a espécie e o gênero 
próprio do objeto procurado; 
finalmente atingimos a ciência,
chegando a definição mais
perfeita do objeto
A superação do senso comum 
Méthodo dialético
–Dialética fornece a passagem do conceito 
contraditório ao conceito que é idêntico e 
universal.
A superação do senso comum 
Platão utilizava‐se de alegorias para 
ilustrar seus conceitos e suas ideias. A 
alegoria mais conhecida de platão é a 
alegoria da caverna. Esta alegoria será
utilizada na aula atividade.
Aristóteles acreditava que o conhecimento vinha 
por meio de silogismos
O silogismo é um conjunto de três juízos ou 
proposições que permite obter uma conclusão 
verdadeira. Trata‐se de um método dedutivo no 
qual, de duas premissas, deduz‐se uma conclusão. 
Por exemplo:
– Todos os homens são mortais.
– Sócrates é homem.
– Logo, Sócrates é mortal.
Aristóteles discípulo de Platão
O conhecimento verdadeiro (episteme) e o 
conhecimento pelas causas, capaz de superar os 
enganos da opinião (doxa) e de compreender a 
natureza do devir.
O conhecimento
Causa (para os gregos) significa não só o porquê 
de alguma coisa, mas também o o que e o como 
uma coisa é o que ela é. As causas primeiras 
nos dizem o que é, como é, por que é e para 
que é uma essência. São quatro as causas 
primeiras: 
Em buscas das causas primeiras
Causa Material
Causa Formal
Causa Eficiente ou Motriz
Causa Final
4 causas
Filosofia patrística (do século I ao século VII)
–A Filosofia patrística liga‐se, portanto, à
tarefa religiosa da evangelização e à defesa 
da religião cristã contra os ataques teóricos e 
morais que recebia dos antigos.
Filosofia Cristã
Filosofia medieval (do século VIII ao século XIV)
–Um de seus temas mais constantes são as 
provas da existência de Deus e da alma, isto 
é, demonstrações racionais da existência do 
infinito criador e do espírito humano imortal.
Filosofia Cristã
ATIVIDADE EM SALA
É possível um explicação racional da existência de 
Deus e da Alma?
O que é racionalidade?
Racionalismo Clássico
– surgimento do sujeito do conhecimento
–as coisas exteriores (a Natureza, a vida social 
e política) podem ser conhecidas desde que 
sejam consideradas representações,
ou seja, idéias ou conceitos 
formulados pelo sujeito 
do conhecimento.
O paradigma da modernidade
Racionalismo Clássico
–O conhecimento pela ciência
–Descarte converte a dúvida em método afim 
de se atingir o conhecimento evitado o erro
–Cogito, ergo sum
O paradigma da modernidade A realidade, a partir de Galileu, é concebida como um sistema racional de mecanismos 
físicos, cuja estrutura profunda e invisível é
matemática. O  “livro do mundo”, diz Galileu,  
“está escrito em caracteres matemáticos.”
Predomina, assim, nesse período, a idéia de 
conquista científica e técnica de toda a 
realidade, a partir da explicação mecânica e 
matemática do Universo e da 
invenção das máquinas, graças 
às experiências físicas 
e químicas
Amande
Resposta
Por ser uma coisa tão complexa e grande,acho que nós,como seres humanos não conseguiríamos definir algo tão imenso assim,que foge dos nossos pensamentos.
Amande
Resposta
São conceitos fudamentados,a partir de diversos estudos, análises, experimentações que visam explicar e entender a existência de tudo o que existe e o que não existe,e se o que existe é real; de uma forma que seja compreensível ao entendimento humano.
Francis Bacon, Descartes, Galileu, Pascal, 
Hobbes, Espinosa, Leibniz, Malebranche, Locke, 
Berkeley, Newton, Gassendi.
Pensadores do Racionalismo clássico Filosofia da Ilustração ou Iluminismo– Esse período também crê nos poderes da razão, 
chamada de As Luzes (por isso, o nome Iluminismo). 
O Iluminismo afirma que:
 pela razão, o homem pode conquistar a 
liberdade e a felicidade social e política
 a razão é capaz de evolução e progresso, e o 
homem é um ser perfectível. A perfectibilidade 
consiste em liberar‐se dos preconceitos 
religiosos, sociais e morais, em libertar‐se da 
superstição e do medo, graças
as conhecimento, às ciências,
às artes e à moral
 o aperfeiçoamento da razão se realiza pelo 
progresso das civilizações, que vão das mais 
atrasadas (também chamadas de “primitivas” ou 
“selvagens”) às mais adiantadas e perfeitas (as da 
Europa Ocidental);
 há diferença entre Natureza e civilização, isto é, a 
Natureza é o reino das relações necessárias de causa 
e efeito ou das leis naturais universais e imutáveis, 
enquanto a civilização é o reino da liberdade e da 
finalidade proposta pela vontade 
livre dos próprios homens, em 
seu aperfeiçoamento 
moral, técnico e político.
Os principais pensadores do período foram: 
Hume, Voltaire, D’Alembert, Diderot, Rousseau, 
Kant e Fichte.
Principais pensadores Iluministas
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