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A. lubricoides T. canis Trichuris

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Enviado por Bruna Elise em

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� HELMINTOS
Universidade Federal de Santa Maria
Departamento de Microbiologia e Parasitologia
Disciplina de Parasitologia Básica
Os helmintos estão incluidos no Reino Animalia
• Helmintos constituem um grupo numeroso de animais 
incluindo espécies de:
Vida livre
Vida parasitária
• Estão divididos em 3 filos, sendo 2 de importância 
médica.
Platyhelmintes
Nematoda
Acanthocephala
• A ocorrência de helmintos em humanos é muito comum. 
Estas infecções resultam, para o hospedeiro, em danos 
que se manifestam de formas variadas.
Vermes 
chatos
Vermes cilindricos
Filo Platyhelmintes Filo Platyhelmintes
Caracteristicas:
- corpo achatado dorso-ventralmente. 
- simetria bilateral.
- aparelho digestivo ausente ou incompleto, sem ânus.
- extremidade anterior com órgãos sensitivos e de 
fixação.
- alternam o desenvolvimento entre o ambiente e o 
hospedeiro.
- são heteroxênicos.
- maioria das espécies é hermafrodita (monóicos).
As classes de importância médica são:
Trematoda - vermes com forma de “folha”
Cestoda - vermes chatos
Classe Trematoda
� São principalmente endoparasitos.
� Corpo não segmentado e recoberto por cutícula.
� 1 ou mais ventosas.
� Hermafroditas ou não.
� Forma típica de folha.
Fasciola hepatica
Schistosoma mansoni
Classe Cestoda
� São endoparasitas, os órgãos de fixação 
estão localizados na extremidade anterior.
� Corpo alongado constituído de segmentos, divididos em 
3 regiões:
Escólex
Colo ou pescoço
Estróbilo
� - Ausência de aparelho digestivo
� - Ciclo heteroxênico
VENTOSA
ROSTRO (ROSTELO) 
CONTENDO ACÚLEOS 
Taenia solium
Filo Nematoda
Filo Nematoda
���� Apresentam corpo cilíndrico.
���� Aparelho digestivo completo com boca e ânus.
���� Simetria bilateral.
���� Dioicos.
���� Macho menor que a fêmea.
Ascaris lumbricoides
Enterobius vermicularis
Ancylostoma duodenale Trichuris trichiura
Vermes 
chatos
Vermes cilindricos
ASCARIDÍASE OU ASCARIDIOSE
� Agente etiológico: Ascaris lumbricoides
Ascaris lumbricoides
� Parasitam o intestino delgado.
� Ampla distribuição geográfica.
� Ocorrem com frequência variada em virtude das 
condições climáticas, ambientais e principalmente 
do grau de desenvolvimento socioeconômico da 
população.
� No Brasil o panorama atual vem mudando.
� Conhecido como “lombriga” ou “bicha”.
MORFOLOGIA
Depende das fases do ciclo biológico.
� FORMA ADULTA
São vermes com simetria bilateral, cilíndricos, 
alongados, tubo digestivo completo, macho menor 
que a fêmea, corpo revestido por cutícula. As 
extremidades são afiladas e o tamanho depende do 
número de parasitos encontrados no intestino 
delgado e do estado nutricional do hospedeiro.
A boca ou vestíbulo bucal é contornado por 
3 lábios proeminentes com serrilha de 
dentículos.
Apresenta extremidade posterior 
retilínea e afilada.
Fêmea (30-40 cm)
Macho (20-30 cm)
Apresenta extremidade posterior fortemente 
encurvada para a face ventral. Possui 2 
espículos iguais que funcionam como órgãos 
acessórios da cópula.
� OVOS
� Originalmente são brancos. Adquirem a cor castanha 
devido ao contato com as fezes.
� São grandes, ovais e com cápsula espessa.
� Possuem 3 membranas:
Membrana interna: impermeável e delgada, confere 
ao ovo resistência as condições adversas do ambiente.
Membrana média: constituída por quitina e proteínas.
Membrana externa (mamilonada): constituída por 
mucopolissacarídeos. Facilita a aderência dos ovos a 
superfície propiciando a sua disseminação.
� ���� Internamente o ovo apresenta uma massa de células 
germinativas.
Tipos de ovos de Ascaris lumbricoides
Fértil mamilonado
ou corticado
Infértil
Fértil 
decorticado
Fértil decorticado
Ovo embrionado
Ascaris lumbricoides
Ovo não larvado (Fezes) Ovo larvado (Ambiente)
Ascaris lumbricoides
HABITAT
Infecções moderadas- intestino delgado (jejuno e íleo).
Infecções severas- todo o intestino delgado.
Podem ficar presos a mucosa com o auxílio dos lábios ou 
migrarem para a luz intestinal.
CICLO BIOLÓGICO Monoxênico
15 dias
L2
L3
Permanece infectante no solo 
por vários meses.
CICLO BIOLÓGICO L3
CICLO DE 
LOOSS
Fêmea – postura diária de 
200.000 a 240.000 ovos.
Arthur Looss
� Arthur Looss (1861-1923) Nascido em Chemnitz, Alemanha, a 
16 de março de 1861, Arthur Looss foi, juntamente com Rudolph 
Leuckart, um dos fundadores da helmintologia moderna. Professor 
da Universidade de Leipzig, no início da década de 1890 transferiu-
se para o Egito, onde pesquisou diversas espécies de vermes 
endoparasitas, entre eles o ancilóstomo. Em 1896, demonstrou que 
a infecção causada pelo Ancylostoma duodenale, descrito por 
Angelo Dubini (1813-1902) em 1843, era provocada pelo contato do 
nematódeo com a pele, através da qual as larvas do parasita 
penetravam no corpo humano e chegavam ao intestino. Por esse 
estudo, considerado um clássico no campo da helmintologia, foi 
indicado para o Prêmio Nobel de Medicina em 1912.
Looss trabalhou como professor de biologia e parasitologia na 
Escola de Medicina do Cairo até 1914. De volta à Alemanha, 
passou a lecionar em Giessen, onde veio a falecer, no dia 4 de 
maio de1923..
MODO DE TRANSMISSÃO
���� Ingestão de ovos contendo larva L3 através:
����Alimentos
���� Água
���� Mãos sujas
���� Poeira
PATOGENIA
A intensidade das alterações está diretamente relacionada 
ao número de formas presentes no hospedeiro.
LARVAS
� Infecções de baixa intensidade – assintomáticas.
� Infecções maciças- ocorrência de lesão pulmonar e 
hepática.
Fígado - focos hemorrágicos e de necrose que 
futuramente tornam-se fibrosados.
LARVAS – PULMÃO
Dependendo do número de larvas a migração pelos 
alveolos pode determinar um quadro pneumônico com 
tosse, febre, dispnéia, manifestações alergicas e 
eosinofilia. Ao conjunto de sintomas da via respiratória 
denomina-se Síndrome de Loefler. Na tosse produtiva 
a secreção pode ser sanguinolenta e apresentar larvas.
VERMES ADULTOS
Casos Assintomáticos (3-4 vermes)
� Os parasitos podem permanecer no intestino 
sem molestar o paciente, sendo descobertos, 
ocasionalmente, quando um deles for expulso com 
as fezes ou pelo encontro de ovos, durante um 
exame coproscópico de rotina.
Casos Sintomáticos
� Ação exercida pelo verme adulto:
Ação espoliadora: consomem nutrientes levando o 
paciente a subnutrição e depaupareamento físico e 
mental.
Ação tóxica: reação entre antígeno parasitário e 
anticorpos causando: alergia, edema, urticária e 
convulsões.
Ação mecânica: irritação da parede intestinal e 
podem enovelar-se na luz intestinal (obstrução).
Ação expoliadora depauperamento 
físico e mental
Ação mecânica
� Obstrução intestinal: enovelamento, causando sintomas 
de íleo paralítico.
� rompimento da parede intestinal: peritonite.
Intervenção cirúrgica para 
retirada dos vermes adultos.
Localização ectópica dos vermes adultos
Nos casos de pacientes com alta carga parasitária ou em 
que o verme sofra alguma ação irritativa (alimentos ou 
medicamentos) este desloca-se do seu habitat normal 
atingindo locais não habituais.
Ascaris errático
Situações ectópicas: apêndice (apendicite), vias biliares 
(colecistite), vias pancreáticas (pacreatite) e eliminação 
dos vermes pela boca e nariz.
Ascaris lumbricoides
Localização ectópica
Pancreatite
Icterícia obstrutiva
Ascaris lumbricoides no canal colédoco
ASCARIDÍASE
Alta prevalência em escolas, sobretudo em crianças 
menores de 12 anos. Andrade (2009) – Minas Gerais 
(prevalência 22,4%)
É muito comum em crianças o aparecimento de uma 
alteração cutânea, que consiste em manchas, circulares, 
disseminadas pelo rosto, tronco e braços. Estas são 
denominadas
de “pano” e são comumente relacionadas 
com o parasitismo por A. lumbricoides. No entanto, não 
comprovação científica deste fato, mas algumas 
observações sugerem que estas manchas seriam 
causadas pelo parasito que consome grandes 
quantidades de vitaminas A e C.
DIAGNÓSTICO
CLÍNICO
Difícil de ser diagnosticada, pois é pouco sintomática e a 
gravidade da doença depende da carga parasitária.
LABORATORIAL
Exame parasitológico de fezes:
� Macroscópico: pesquisa de vermes adultos.
� Microscópico: pesquisa de ovos.
TRATAMENTO:
Tetramisol (comprimidos de 80 mg e 150 mg em dose única)
Levamisol � contra-indicado em gestantes e pacientes que 
sofreram transplantes � imunoestimulante
Sais de Piperazina
� forma liquida, 75 mg/Kg/dia, durante 5 dias consecutivos
� “novelo” de Ascaris lumbricoides � causa relaxamento 
muscular do helminto
Mebendazol
� Forma líquida e comprimidos
� 100 mg, 2 vezes ao dia, por 3 dias
Pamoato de Pirantel
� Forma liquida e comprimidos
� 10 mg/Kg em dose única
Ivermectina:
� Nova formulação para uso humano (comprimidos)
� 200mg/Kg em dose única
� Eficácia de 100% de cura
Albendazol:
� 400 mg em dose única
PROFILAXIA:
� Tratamento dos portadores.
� Lavagem adequada das mãos.
� Proteção dos alimentos contra insetos.
� Tratamento de esgotos.
� Construção de fossas sépticas.
LARVA MIGRANS VISCERAL E OCULAR
� Espécie mais importante: Toxocara canis.
� Parasito do intestino delgado de cães.
� Toxocara canis: distribuição cosmopolita.
Toxocara canis
� Solo
Ovos (fezes de cães e gatos)
Ovo larvado 
(Larva Rabditóide L1)
L2
Ovo com 
Larva 
Filarióide L3
Eclosão no ID (homem)
7 dias
L3 circulação
ingerida
Todo organismo
Fígado, rins, 
pulmões, olhos...
Toxocara cati
� A maioria das larvas é destruída formando uma 
lesão típica denominada granuloma alérgico.
� Algumas larvas podem encistar-se mantendo-se 
viáveis por vários anos.
Larva migrans visceral:
� Assintomáticas, subagudas ou agudas.
� A severidade do quadro clínico depende da quantidade 
de larvas, do órgão invadido e da resposta imune do 
hospedeiro.
� Infecção autolimitante (6-18 meses).
� Caracteriza-se por: leucocitose, hipereosinofilia, 
hepatomegalia e linfadenite, infiltrados pulmonares, 
manifestações neurológicas...
PATOGENIA
Larva migrans ocular:
� Infecções unilaterais
� Endoftalmia crônica
� Envolve coróide, retina, vítreo
� Granulomas
� Hemorragia retiniana
� Palpites
� Catarata
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
DIAGNÓSTICO
LMV: difícil, biópsia, exame histológico (geralmente 
inconclusivo devido ao não encontro de larvas)
Diagnóstico: 
história do paciente X sintomas X imunodiagnóstico.
LMO: exame oftalmológico
Diagnóstico: 
história do paciente X sintomas X imunodiagnóstico.
LMV:
Geralmente dispensado o 
tratamento
Albendazol
Ivermectina
Tiabendazol...
LMO:
Uso de corticóides
Fotocoagulação nos casos 
de granuloma no pólo 
posterior.
Vitrectomia nos casos de 
granuloma periférico.
Geralmente não se usa anti-
helmíntico.
TRATAMENTO
Tricuríase e Tricocefalíase
� Agente etiológico: Trichuris trichiura
Vermes 
chatos
Vermes cilindricos
A infecção é amplamente distribuída na população.
Estima-se que aproximadamente 1 bilhão de 
pessoas estão infectadas por T. trichiura, que 
corresponde a cerca de 17% da população mundial.
Prevalente em regiões de clima quente e úmido e 
condições sanitárias precárias que favorecem a 
contaminação ambiental e a sobrevivência dos ovos.
Bastante freqüente nas áreas rurais e periferia das 
grandes cidades sem saneamento básico adequado.
Prevalência e intensidade da infecção maiores em 
crianças.
Medem de 3-4cm.
Macho menor que a fêmea.
Os vermes adultos apresentam forma 
típica semelhante a um chicote, esta 
aparência é consequência do afilamento 
da região do esofagiana seguido pelo 
alargamento abrupto da região 
posterior.
Fêmea: possui ovário seguido pelo 
útero contendo muitos ovos não 
embrionados.
MORFOLOGIA
Trichuris trichiura
Macho: a extremidade posterior 
é curvada apresentando o 
espículo protegido por uma 
bainha recoberta por pequenos 
espinhos
OVO
Apresentam formato elíptico (forma de 
barril) com poros salientes e transparentes 
em ambas as extremidades.
A casca do ovo é formada por 3 camadas:
Externa – lipídica
Média- quitinosa
Interna- vitelínica
Favorece a resistência a 
fatores ambientais.
MORFOLOGIA
Ovo de Trichuris trichiura
Parasitam o intestino grosso do 
hospedeiro.
Considerado um parasito tissular �
toda região esofagiana do parasito 
penetra na camada epitelial da mucosa 
intestinal do hospedeiro, onde se alimenta 
principalmente de restos celulares.
A porção posterior de T. trichuria
permanece exposta no lúmen intestinal, 
facilitando a reprodução e a eliminação 
dos ovos.
HABITAT
Ciclo Biológico
� Monoxeno.
� Sobrevida alta (3 a 4 anos).
� Fêmea elimina os ovos. Embrião contido no ovo 
desenvolve-se no ambiente (21 dias).
� Ovos infectantes podem contaminar alimentos 
sólidos e líquidos.
� Larvas de T. trichiura eclodem através de um 
dos poros.
CICLO BIOLÓGICO
MONOXÊNICO
Embriogênese
Em condições favoráveis.
CICLO BILÓGICO CICLO BILÓGICO
Ovos são resistentes às condições ambientais podendo 
ser disseminados pelo vento e pela água.
TRANSMISSÃO
� Presença de ovos contaminando alimentos sólidos e 
líquidos.
� Ovos disseminados por mosca doméstica, que 
transportam os ovos na superfície externa do corpo.
A gravidade da tricuríase depende da carga parasitária, 
idade do hospedeiro, estado nutricional e a distribuição 
dos vermes adultos no intestino.
Não há migração sistêmica das larvas de T. trichiura, as 
lesões provocadas pelo verme estão confinadas ao 
intestino.
PATOGENIA � Infecções leves (< 100 vermes): � assintomáticas ou 
apresenta sintomatologia intestinal discreta e pouco 
especifíca. Grande maioria dos casos. Vermes se 
restringem a região do cólon.
� Infecção moderada � Reação inflamatória com maior 
intensidade. Alterações na mucosa intestinal. Dor de 
cabeça, dor epigástrica, perda de apetite, eosinofilia, 
diarréia, náusea e vômito.
� Infecção grave = Síndrome desentérica crônica 
diarréia mucosanguinolenta, dor abdominal, tenesmo, 
anemia, desnutrição, inflamação intestinal, aumento do 
peristaltismo, prolapso retal.
PROLAPSO RETAL
O processo inflamatório pode ser intenso quando os 
vermes atingem o reto, sendo observado edema e 
intenso sangramento. Esta reação edematosa produz 
um inchaço da mucosa retal que induz o processo de 
defecação mesmo na ausência de fezes no reto. O 
esforço continuado da defecação pode resultar no 
prolapso retal. O prolapso retal ocorre com mais 
frequência em crianças que vivem em áreas endêmicas. 
No Brasil é frequente na região norte. Como não 
ocorre comprometimento da musculatura este é
reversível após a eliminação do verme e resolução da 
reação inflamatória local.
Manifestação 
Clínica
Vermes adultos com a extremidade anterior 
inserida no intestino
Prolapso retal
Intestino com parasitos
DIAGNÓSTICO
CLÍNICO
Deve ser confirmado pelo diagnóstico laboratorial.
LABORATORIAL
Exame parasitológico de fezes:
Exame macroscópico: pesquisa de vermes 
Adultos (raros nas fezes).
Exame microscópico: pesquisa de ovos na fezes.
Tratamento:
� Menos sensível a ação de anti-helmínticos.
� Benzimidazoles são as drogas mais eficientes -
(mebendazol 100 mg/2x ao dia e albendazol 400mg/dia 
em dose única).
� Sais de piperazina
� Melhoria das condições de saneamento básico.
� Construção de fossas sépticas e uso constante das 
instalações sanitárias.
� Tratamento das pessoas parasitadas.
� Educação sanitária: lavar as mãos após defecar,
antes de comer ou de preparar alimentos, e sempre 
que sujas de terra.
� Lavar as frutas e legumes consumidos crus.
� Proteger os alimentos contra as poeiras, os insetos 
e outros vetores de infecção.
PROFILAXIA FIM
� O íleo- É uma parte do intestino delgado, na qual a 
digestão química continua após passar pelo duodeno e 
jejuno, do qual é extremamente próximo, sendo até
difícil de distinguir.

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